Após filas, Argentina limita compra de gasolina por brasileiros a 15 litros

ARGENTINA – Autoridades locais e donos de postos de Porto Iguaçu, cidade da Argentina, decidiram que veículos estrangeiros só poderão comprar 15 litros de combustíveis por dia.

O número de brasileiros cruzando a fronteira para buscar combustível mais barato aumentou. Nos últimos dias, Porto Iguaçu registrou longas filas nos postos de gasolina. O preço médio da gasolina na cidade que faz fronteira com o Paraná é de R$ 3,15, o litro, metade do valor praticado no Brasil.

A medida tomada tem como objetivo desestimular estrangeiros de procurar combustíveis na região. A alta demanda provocou desabastecimento em alguns postos do município de 80 mil habitantes.

“Estamos tentando aumentar a produção, mas lamentavelmente temos uma cota de abastecimento. Ou seja, não nos permitem mais do que uma certa quantidade de combustível, porque o preço está muito baixo, e o barril do petróleo subiu para 80 dólares e aqui mantemos a 60 dólares”, explicou o representante da Câmara de Combustíveis de Missiones, Faruk Jalaf.

Além da limitação, filas separadas para compradores argentinos e estrangeiros também continuarão diferenciando os veículos. Diferentemente do Brasil, a Argentina não repassa todos os aumentos dos combustíveis ao consumidor. A gasolina no país tem composição diferente do vendido no Brasil.

No Brasil, a gasolina acumula alta de 73,4% nas refinarias. Já o diesel subiu 65,3% no mesmo período. Com esses aumentos, o preço médio da gasolina nos postos chega a R$ 6,56, segundo Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor máximo foi de R$ 7,889.

Desde 2016, quando a Petrobras passou a praticar o Preço de Paridade Internacional (PPI), o dólar e a cotação do petróleo têm influência sobre os preços de combustíveis no Brasil.