Em Manaus, Grupo Atem vende gás de cozinha 72% mais caro do que refinarias da Petrobras

A Refinaria da Amazônia (REAM), pertencente ao Grupo Atem e privatizada por Jair Bolsonaro em seu último mês de governo, atualmente vende a botija de gás mais cara do país. Com um preço 72% mais caro do que é cobrado pela Petrobras, os valores disparam após a aquisição da refinaria pelo grupo.

Segundo os dados do Observatório Social do Petróleo (OSP), os valores da refinaria são: Botija de 13KG À R$ 54,41 (sendo o mais caro do país), enquanto nas refinarias da Petrobrás ele sai por R$ 31,66.

Ainda são adicionados os custos dos distribuidores, levando a média de preços até a casa do consumidor de aproximadamente R$ 100.

Ainda segundo o Observatório Social do Petróleo (OSP), as botijas da Refinaria da Amazônia (REAM), abastecem cerca de 24% do Norte do Brasil, é R$ 13,34 mais caro – ou 32,5%.

Dados de agosto mostram que capital amazonense registra preços no litro da gasolina que chegaram a R$ 6,59, enquanto o preço médio do combustível no país estava em R$ 5,52.

Ainda de acordo com o Observatório Social do Petróleo (OSP), entre todas as refinarias da Petrobras que foram privatizadas, a venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAM), e atual Refinaria da Amazônia (REAM), foi certamente a mais trágica para a população local.

“Todos os produtos hoje vendidos por ela são mais caros do que os da concorrência e até do Preço de Paridade de Importação (PPI). Isso contrasta com o período anterior à privatização, quando os preços dessa refinaria eram inferiores aos das outras unidades da Petrobras. Atualmente, vemos uma diferença exagerada no preço do GLP. Como o botijão pode ser 72% mais caro? É difícil encontrar uma justificativa”, o instituto.