Empresário investigado por exploração sexual de menores e com contratos de R$ 27 milhões com a Prefeitura de Manaus é visto com David Almeida no Caribe

O Prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), foi visto na companhia de Paulo Sérgio Montenegro Vietas, em Saint-Barthélemy no Caribe. A figura do empresário conhecido como “Paulinho Pepeta”, cujo negócio de gráficas já chegou a receber quase R$ 100 milhões da Prefeitura de Manaus, é cheia de reviravoltas.

Paulo Montenegro também foi padrinho de casamento do Prefeito de Manaus, David Almeida, com a estudante Izabelle Fontenelle.

Em 2023, ele e mais vinte envolvidos foram investigados por envolvimento em uma rede de exploração sexual de menores no estado amazonense, que foi desmontada pela Operação Estolcomo da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Dentre os envolvidos estavam:

Anilson Jaime Rodrigues; Francisco Carlos Ferraz Feitosa; Jian Marcos Dalberto; Walcimar de Souza Oliveira e Waldery Areosa Ferreira Júnior foram absolvido.

Aldamor Rodrigues de Albuquerque – condenado a 4 anos em regime aberto.

Asclepíades Costa de Souza – condenado a 8 anos no regime semiaberto.

Casemiro Peixoto Vieira – extinta a punibilidade.

Fausto de Souza Neto – extinta a punibilidade.

Janaína Tomaz Ribeiro – condenada a 5 anos no regime semiaberto.

José Roberto Affonso – teve a condenação parcial com pena de 8 anos no semiaberto.

Luciana Canoê Silva – condenada a 7 anos e 8 meses no regime semiaberto.

Oscar Cruz Hagge – extinta a punibilidade.

Paulo Sérgio Montenegro Vieitas – condenação improcedente.

Segundo o documento, a Sentença de extinção da punibilidade pela prescrição dos réus Pablo Thiago Gomes de Carvalho e Wilkens Moacir Maciel Fernandes às fls. 17.520/17.521

Raimundo Sales Queiroz Pedrosa – condenado a 8 anos de prisão no regime semaberto.

Tayla Silva de Souza – extinta a punibilidade.

Vitório Nyenhuis – teve uma sentença absolutória, ou seja, a juíza se baseou em argumentos como falta de provas ou atipicidade.

Waldery Areosa Ferreira – extinta a punibilidade.

“Paulinho Pepeta” como é conhecido, teve sua condenação extinta, após a juíza considerar as acusações improcedentes na época do caso que abalou o estado, haja vista o grande números de pessoas poderosas envolvidas no esquema de exploração sexual infantil.

“A prescrição corresponde à perda do direito de punir pela inércia do Estado, que não o exercitou dentro do lapso temporal previamente fixado. No nosso ordenamento, os prazos prescricionais estão previstos no art. 109 do Código Penal. Esclareço, ainda, que, por ser considerada matéria de ordem pública, a prescrição deve ser decretada de ofício em qualquer fase do processo”, destacou a magistrada.

CONTRATOS MILIONÁRIOS COM A PREFEITURA DE MANAUS

A empresa de “Paulinho Pepeta” possui dois contratos ativos com a gestão de David Almeida que juntos somam cerca de R$ 27 milhões. Em abril do ano passado, a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) contratou a Grafisa por R$ 8,3 milhões para fornecimento de material didático pelo período um ano.

Em junho do mesmo ano, a empresa teve o contrato prorrogado por mais um ano, no valor de R$ 18,7 milhões, também com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED, que é na época era comandada por Dulce Almeida, irmã do prefeito, para entrega de material gráfico pedagógico.