Ex-ministro se vitimiza e usa carta do racismo após dizer que “qualquer um erra”

O curioso caso do ministro que foi sem nunca ter sido ainda não chegou a um desfecho: Carlos Alberto Decotelli, que ficou cinco dias à frente do Ministério da Educação (MEC) e não chegou a ser empossado, adotou um discurso vitimista em entrevista ao UOL.

Decotelli é acusado de ter cometido plágio em sua dissertação do mestrado, além de não ter concluído o doutorado que citou em seu currículo, nem ter feito um pós-doutorado. Somado a tudo isso, a FGV (Fundação Getúlio Vargas) afirmou que o ex-ministro não foi professor ou pesquisador da instituição.

Ignorando a própria culpa pela rejeição ao mentir, em especial por se tratar do cargo mais importante na área da Educação, Decotelli resolveu acusar os críticos de racismo:

“Há muitos brancos com imperfeições em currículo trabalhando sem incomodar ninguém”, disse o breve ministro.

Além de Decotelli, Damares Alves (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos) e Ricardo Salles (Ministério do Meio Ambiente) também mentiram em seus currículos. Damares se dizia advogada, mestre em educação e em direito constitucional e direito da família; mas assumiu não ter os títulos acadêmicos, afirmando que o título seria bíblico.

Salles, por sua vez, não possui o título de mestre em direito público pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, como constou em seu currículo.

Fica a reflexão: o que esperar de governantes que sequer são honestos quanto às suas qualificações? O mínimo que Bolsonaro poderia fazer é destituir os outros integrantes que também mentiram.