Começou nessa quarta-feira (27) o julgamento do delegado da Polícia Civil Gustavo Sotero, acusado pelo assassinato do advogado Wilson Justo Filho em 2017. O réu será julgado na 1ª Vara do Tribunal da Comarca de Manaus, no Fórum Ministro Henoch Reis, bairro São Francisco, zona centro-sul.
O delegado está sendo julgado, por ter matado a tiros o advogado Wilson Justo Filho, no dia 25 de novembro de 2017, em uma casa noturna, na zona oeste da cidade.
O julgamento estava marcado para acontecer nos dias 29, 30 e 31 de outubro deste ano, mas foi adiado para os dias 27, 28 e 29 deste mês devido o pedido de mudança na lista dos jurados que comporiam o júri feito pelo advogado de defesa de Sotero, Cláudio Dalledone.
O delegado é acusado também de tentativa de homicídio contra a esposa deWilson, Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, Maurício Carvalho Rocha e Yuri José Paiva Dácio de Souza, que também estavam no local no dia do ocorrido.
Segundo o advogado de defesa o julgamento já está maduro e irá sair sem mais motivos de adiamento. Disse ainda que prisão do delegado é injusta uma vez que ele agiu em legítima defesa e que houve uma “orquestração” por parte da presidência da OAB-AM desde o início do caso e que, pela forma como a acusação está sendo feita, há um interesse a mais em se acusar o delegado.
Sobre essas alegações da defesa de Sotero, do envolvimento direto da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM) no julgamento, o conselheiro do órgão, Aniello Aufiero, pontuou que a declaração “é totalmente incabível”, e que não há nenhum argumento jurídico.
O assistente técnico de acusação, Ricardo Molina, alegou que a defesa apelou para uma “ficção” ao criar em computação gráfica a relação das imagens do dia do crime para apresentar ao júri e que elas “não acompanham e não refletem a realidade”.
Gustavo só deve ser ouvido amanhã no terceiro e último dia do processo. Na quarta-feira, o depoimento da viúva Fabíola Rodrigues, que foi atingida na perna revelou que passou por várias cirurgias e que ficou com uma deficiência no membro.
Ela também caiu no choro ao afirmar que não pode ficar muito tempo fora de casa porque as filhas temem que ela morra como o pai.
O julgamento deve se estender até a sexta-feira quando Sotero será anunciado culpado ou inocente.
