Pesquisadores do Ceará querem enviar pele de tilápia ao Líbano para tratar feridos

Ceará – Pesquisadores do Projeto Pele de Tilápia, da Universidade Federal do Ceará (UFC), estão realizando uma campanha para sensibilizar as autoridades brasileiras a facilitar o envio de todo o estoque de 40 mil cm² de pele de tilápia, para ajudar as vítimas da explosão em Beirute, capital do Líbano, que deixou 4 mil feridos e mais de 100 mortos nesta terça-feira (40).

Os estudos desenvolvidos pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mostram a eficácia do uso da pele de tilápia em queimaduras de 2º e 3º graus e lesões na pele, agindo como um “curativo biológico” no processo de cicatrização.

Felipe Rocha, biólogo e pesquisador do projeto, explica que é preciso haver um consenso entre as autoridades das duas nações para poder realizar o envio do material.

“Como é um material de pesquisa, os ministérios da Saúde dos dois países precisam se contactarem e autorizarem o envio e o uso. Mas a pesquisa já está bem avançada e os resultados de efetividade de efeito já são comprovados e publicados em artigos nacionais e internacionais”, disse.

O uso da pele da tilápia é um produto experimental, ainda não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), motivo pelo qual o envio do material ainda é burocrático.