Responsáveis pela morte de Sargento Lucas Ramon seguem em liberdade e sem julgamento dois anos pós crime

Dois anos após a morte do Sargento Lucas Ramon Guimarães, ocorrido no dia 1º de setembro de 2021, os responsáveis pela crime ainda não foram julgados e nem punidos em Manaus. O militar foi executado dentro da lanchonete do qual era sócio na Praça 14 de Janeiro, após um suposto envolvimento amoroso com uma mulher casada.

Os donos do Supermercado Vitória, identificados como Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, seguem soltos após mais de dois anos do ocorrido.

Ambos são acusados de serem mandantes do homicídio do militar, e foram soltos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda aguardam julgamento. No ano passado, o casal foi novamente preso durante a Operação Lucas 8:17, juntamente com Romário Vinente Bentes, considerado braço direito de Joabson, e Kamila Tavares da Silva.

A defesa do casal alega que a investigação não conseguiu comprovar a participação dos suspeitos no crime ou que eles teriam encomendado o assassinato. Essa falta de provas tem sido utilizada como argumento para manter o casal em liberdade até o julgamento.

Após o encerramento do inquérito policial em abril do ano passado, a família do sargento agora aguarda o desenrolar do processo até o julgamento dos acusados.

PISTOLEIRO – Silas Ferreira da Silva, foi preso apontado como o pistoleiro do crime. Ele teria recebido R$ 65 mil reais para tirar a vida do sargento. Romário Vinente Bentes, gerente da rede de supermercados, Kamylla Tavares da Silva, Kayandra Pereira Castro, Kayanne Castro Pinheiro dos Santos são investigadas no inquérito por intermediarem a contratação do assassino.

POSSÍVEL MOTIVAÇÃO – As investigações apontam que o Sargento Lucas estaria envolvido romanticamente com Jordana Azevedo Freire, o que foi descoberto pelo marido dela que inconformado com a traição, teria ordenado a execução do amante de sua esposa.

Segundo o delegado, Jordana tinha pleno conhecimento da trama que culminou na morte de jovem militar. No entanto, ela optou por se omitir e não tomar nenhuma atitude para impedir o ocorrido. Além disso, ela forneceu informações sobre os hábitos e rotinas do sargento, contribuindo para o sucesso do assassinato.

FAMÍLIA DA VÍTIMA – A família aguarda por justiça desde a época do crime. A mãe da vítima, Livânia Guimarães escreveu em uma carta aberta divulgada na época do crime sobre a luta para que os culpados pelo crime contra seu filho sejam punidos.