
As contas externas do Brasil, que registram o fluxo de dinheiro com outros países, apresentaram um déficit de US$ 4,7 bilhões em agosto. O resultado representa uma melhora de 34,7% em relação ao déficit de US$ 7,2 bilhões registrado no mesmo mês em 2024. Os dados constam no relatório de estatísticas do setor externo divulgado nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central (BC).
As transações correntes do país consideram o saldo da balança comercial (exportações e importações) e os serviços e rendas (como remessa de juros, lucros e dividendos para outros países).
Balança Comercial e Serviços
Apesar do déficit nas transações correntes, a balança comercial contribuiu positivamente para o resultado de agosto, registrando um superávit de US$ 5,5 bilhões. O valor é superior ao saldo positivo de US$ 3,7 bilhões de agosto de 2024.
- Exportações de bens atingiram US$ 30,0 bilhões, um aumento de 3,8% em relação a agosto de 2024.
- Importações totalizaram US$ 24,5 bilhões, uma queda de 2,6% ante agosto do ano passado.
Já a conta de serviços registrou um déficit de US$ 4,2 bilhões, o que representa uma melhora de 20,3% em relação ao saldo negativo de US$ 5,3 bilhões em agosto de 2024.
O maior peso para o déficit total veio da renda primária, que inclui o pagamento de juros e lucros a investidores externos. Nesta conta, o saldo negativo em agosto foi de US$ 6,3 bilhões, 6,4% acima do déficit de US$ 6,0 bilhões registrado no mesmo mês em 2024.
Acumulado anual
No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes do país atingiu US$ 76,2 bilhões, o equivalente a 3,51% do Produto Interno Bruto (PIB). O BC destacou que o saldo negativo está em trajetória de queda, visto que em julho de 2025 o déficit acumulado em 12 meses era de US$ 78,7 bilhões (3,66% do PIB). Em agosto de 2024, o valor era de US$ 43,6 bilhões (1,95% do PIB).


