
O dólar registrou queda de 0,35% frente ao real nesta sexta-feira (15), sendo cotado a R$ 5,39. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou praticamente estável, com recuo mínimo de 0,01%, aos 136.340 pontos.
A valorização do real acompanha a tendência global: o índice DXY, que mede a força do dólar frente a seis moedas fortes (euro, yen, libra esterlina, dólar canadense, coroa sueca e franco suíço), recuava 0,36% às 17h. A moeda americana também perdeu valor frente a moedas emergentes, como o peso mexicano (0,25%) e o peso colombiano (0,94%).
Grande parte da queda do dólar está ligada à expectativa de corte de juros nos Estados Unidos. Analistas estimam uma redução de pelo menos 0,25 ponto percentual na reunião do Federal Reserve (Fed) em setembro.
“Com o banco central americano inclinado a reduzir juros, os ativos denominados em dólar passam a oferecer remuneração menor. Isso reduz a atratividade desses investimentos e a demanda global por dolarização”, explica Thiago Calestine, economista da Dom Investimentos.
Cenário internacional e tarifaço
No front global, persistem as incertezas econômicas. O presidente americano, Donald Trump, afirmou que pretende aplicar sobretaxas sobre aço e semicondutores nas próximas semanas, durante voo para uma cúpula com o presidente russo Vladimir Putin. Apesar da declaração, o mercado ainda avalia se houve confusão, já que em junho o imposto sobre o aço havia sido elevado de 25% para 50%.
Economia chinesa desacelera
Investidores também repercutiram dados da economia chinesa, que mostram perda de fôlego. A produção industrial cresceu 5,7% em julho, ante alta de 6,8% em junho, abaixo da expectativa de 5,8%. As vendas no varejo subiram 3,7%, contra previsão de 4,6%, e a taxa de desemprego subiu de 5% para 5,2%.
Ibovespa e resultados corporativos
Na B3, o dia foi marcado pelo chamado “exercício de opções”, que aumenta a volatilidade do pregão. O Ibovespa também reagiu à divulgação de resultados corporativos, como os do Banco do Brasil, cujas ações se recuperaram após queda de quase 3% na manhã e fecharam com alta de 3,38%, mesmo após o balanço mostrar queda de 60,2% no lucro do 2º trimestre.