Retorno: mais de 50 mil alunos da Região Metropolitana de Manaus retornam às aulas presenciais

Cinquenta mil alunos da rede estadual retornaram às aulas presenciais nesta segunda-feira (23/11), em 69 escolas de ensinos Fundamental e Médio, situadas em 12 municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM). Todas as unidades passaram por adequações estruturais para garantir o cumprimento dos protocolos de saúde e combater a Covid-19, promovendo um retorno seguro para alunos e profissionais de educação.

O retorno acontece em escolas dos municípios de Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Iranduba, Rio Preto da Eva, Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Autazes, Presidente Figueiredo, Silves, Itapiranga e Manaquiri. Até a quarta-feira (25/11) outras quatro unidades devem retornar às atividades. Em todas as escolas, a retomada segue o modelo de revezamento entre atividades presenciais e remotas.

“A cada semana nós teremos novos municípios reiniciando suas atividades para que, no menor espaço de tempo possível, a gente possa ter reiniciado em todos os municípios. A gente precisa retomar o ano letivo no interior e reduzir os prejuízos pedagógicos que tivemos. Não vamos sossegar enquanto a gente não conseguir transmitir todos os conhecimentos necessários do currículo deste ano para os alunos”, assegurou Luís Fabian Barbosa, secretário de Educação em exercício, em visita ao Centro Educacional de Tempo Integral (Ceti) Professora Maria Izabel Desterro e Silva, em Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus.

Ele destacou, ainda, que a Secretaria de Educação e Desporto realiza um trabalho pedagógico que inclui avaliação diagnóstica dos alunos para verificação de conteúdo absorvido nas aulas não presenciais, dando início a um processo de recuperação da aprendizagem. “Esse é um cuidado que nós precisamos ter, foi feito todo um trabalho de repriorização curricular para identificar os conteúdos que são mais essenciais e que são predecessores, que vão ser objeto de avaliações futuras”, ressaltou Barbosa.

Adequações estruturais – Seguindo o modelo adotado nas escolas da capital, a retomada no interior segue os protocolos de segurança em saúde, estipulados em conjunto com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).

Foram instaladas pias e dispositivos de álcool gel/sabão, e a sinalização, em todos os ambientes das escolas, destacando as medidas de distanciamento social, higienização correta das mãos e uso obrigatório de máscaras de pano. Além disso, cada estudante recebeu duas máscaras, e todos tiveram a temperatura corporal aferida na entrada das escolas.

“Na realidade está acontecendo uma mudança de hábito tanto dos próprios alunos quanto dos professores. A escola foi toda reorganizada, obedecendo a todos os protocolos de saúde. Eles passam pela higienização, lavagem das mãos, distanciamento, e isso também ao entrar na sala de aula, tanto os alunos quanto os professores. A escola foi adequada para isso, para esse novo recomeço”, enfatizou Alan Sobreira, gestor do Ceti Professora Maria Izabel Desterro e Silva, que retomou às atividades com 843 alunos de ensino Fundamental e Médio.

Sistema híbrido – Assim como aconteceu em Manaus, as turmas do interior foram divididas em blocos (A e B), que se revezarão entre as atividades presenciais e as remotas. Às sextas-feiras, não haverá aula nas unidades, sendo esse dia reservado para o Horário de Trabalho Pedagógico (HTP) dos professores. A decisão, no entanto, não implica que os estudantes não terão atividades pedagógicas para realizar em casa.

As equipes escolares do interior já informaram aos alunos os blocos aos quais eles pertencem. Caso o estudante ou o pai/responsável ainda não saiba, ele pode entrar em contato com a gestão da escola. É importante que todos se mantenham atentos aos meios de comunicação (telefone, aplicativos de mensagem instantânea etc.) para que recebam as devidas orientações a respeito do retorno das aulas.
Em busca do sonho – Aluno do 3º ano do Ensino Médio, Emanuel Vinhorte comenta que o retorno às atividades é essencial para alcançar os objetivos profissionais.

“Eu tenho o sonho de cursar Física na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e eu acredito que o retorno dessas aulas presenciais pode ajudar a gente na questão do contato com os professores. Acredito que, com a ajuda dos professores, nós possamos, com muito esforço, passar por essa situação, quebrar barreiras e conseguir alcançar esse sonho”, afirmou o estudante.

“Eu estava ansiosa para reencontrar os meus colegas. É muito bom rever as pessoas que eu conhecia e encontrar meus professores também. Apesar de o ensino a distância ter suas qualificações, o ensino presencial é incomparável. Vêm aí os vestibulares como Macro, Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), e eu precisava reforçar os meus estudos”, acrescentou Alberlice Lira, também aluna do 3º ano do Ensino Médio.

FOTOS: Herick Pereira/Secom