Weintraub diz que erros do Enem 2019 foram exagerados por ‘militantes’

Do O Globo

BRASÍLIA — Convidado pela Comissão de Educação do Senado para explicar os erros do Enem 2019, o ministro Abraham Weintraub minimizou as falhas na correção, que atingiram mais de 5 mil candidatos e levaram 172 mil a procurarem o Ministério da Educação (MEC), e os problemas de acesso no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

O ministro da Educação repetiu sua visão de que os estudantes levaram apenas “um susto” por conta da falha na correção e reafirmou que “absolutamente todas as provas foram rechecadas”.

— Antes de abrir o Sisu, isso já estava corrigido. Estatisticamente, o impacto na nota de corte não é significativo, é zero.Weintraub dividiu em três grupos as pessoas que procuraram o MEC para se queixar de problemas no exame: um formado por “militante, que se fazia passar por um aluno, entrava colocando terror na rede, e a gente descartava”; um de “pessoas que não estavam entendendo o processo, e nós orientamos”; e o grupo de “alunos que foram mal, mas disseram que a culpa era do Weintraub.

Os pais nos procuraram, nós checamos as provas e vimos que haviam tirado a nota mesmo”.

O ministro também citou erros em Enem de anos anteriores e afirmou que é possível que o mesmo tipo de falha deste ano tenha acontecido anteriormente, sem ser detectada.

— Não dá para afirmar que sim, nem que não, mas eu diria que esse tipo de coisa pode ter acontecido no passado.

Quanto às falhas no Sisu, Weintraub as atribuiu ao grande volume de pessoas entrando no sistema ao mesmo tempo.

— Das quatro milhões de pessoas que fizeram o Enem, quantas querem acessar o Sisu no primeiro dia, na primeira hora? Todas. Então, num primeiro momento, o sistema vai sendo sobrecarregado, existe uma lentidão.

Para fazer os ajustes na nuvem da Microsoft, o sistema precisou sair do ar, experimentamos três períodos de interrupção no primeiro dia. No segundo dia, houve uma interrupção pela manhã e, a partir da tarde, o sistema operou normalmente.