Ex-BBB revela que teve cabelo revistado em festa de Réveillon

Brasil – Lumena Aleluia apareceu nas redes sociais, na virada do ano, para denunciar que teve os cabelos revistados antes de entrar para uma festa em Búzios. No Twitter, no domingo (31/12), a ex-BBB desabafou e garantiu que não se abalaria.

“Cheguei pra curtir meu Réveillon aqui em Búzios e tive esse cabelo lindo de nega doce revistado pela segurança do evento. Mas, não vai estragar minha noite”, escreveu ela no microblog.

Nos comentários, alguns internautas se revoltaram com o comportamento da segurança: “Não é possível, cara!! Que ódio disso! Tá lindíssima, mulher ! Curta sua noite e boa virada!!”, disse uma. “Negro só sofre, impressionante, até no Ano Novo”, reclamou outra. “Palhaçada essa de revistar cabelo. Será que é pra descobrir o shampoo que usa? 🤔”, questionou uma terceira.

Teve também quem achasse exagero reclamar: “Gata? Por que é tão difícil de entender que dá pra esconder algo no cabelo? Pessoas de cabelo liso já fazem revista, imagina o seu que é megavolumoso? 🤯🙄🙄🙄 Nem tudo é racismo. Tá ficando chato isso já”, escreveu uma. “Mas tem que revistar, sim. Tudo que pode esconder objetos tem que ser revistado. Seja um pouco lógica. Voce é chata assim desde o BBB. Não muda nunca”, detonou outra. “E tá certo. Bolsas, casacos, turbantes, cabelos volumosos. Já vi mulher ter que tirar as botas. O racismo ainda é muito forte, mas nem tudo é sobre ele”, declarou uma terceira.

Denúncia parecida em aeroporto do Rio

Após expor que havia sido vítima de racismo no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, em meados de dezembro, Luciane Dom viu o caso repercutir e, mais uma vez, voltou a falar sobre o assunto.

A artista se pronunciou após a Infraero divulgar uma nota afirmando que as câmeras de segurança não registraram seus cabelos sendo revistados. Nos stories do Instagram, no fim da noite, a cantora aproveitou para fazer um novo desabafo e falou sobre assédio e violência.

“Eu sei o que ouvi hoje no scam. Foi tudo muito rápido e sutil. O racismo de todo dia não se vê em câmeras de segurança. Peço que parem o assédio e a repercussão dessa violência. Vamos seguir”, pediu.

A postagem de Luciane é referente ao comunicado do órgão, que informou que “a cantora Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve inspeção nos cabelos”, começou.

A Infraero relatou, ainda, que não pode divulgar as imagens: “De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão”.

E continuou: “Um dos procedimentos previstos para garantir a segurança do passageiro e demais usuários, a realização de inspeção de segurança aleatória é prevista na Resolução ANAC nº 515, de 8 de maio de 2019. Destaca-se que os pórticos detectores de metais do aeroporto têm a capacidade de gerar alarmes aleatórios, com acionamento de forma automática ou sob ação do passageiro, para fins de controle de execução da inspeção aleatória”.

O órgão aproveitou para finalizar: “Importante ressaltar que a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro”.
Entenda o caso

A cantora Luciane Dom afirmou ter sido vítima de racismo no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na quinta-feira (14/12). Por meio do Twitter, a artista relatou que seu cabelo revistado no local durante uma “revista aleatória”.

“Acabaram de revistar o meu cabelo no Aeroporto Santos Dumont! Eu to sem chão. Nem sei o que pensar”, escreveu Luciane.

“As coisas nunca são suaves para pessoas como eu. Eu estou no meio da divulgação de uma música minha que sai amanhã, estava feliz, vendo memes, lendo coisas leves que gosto, ai chego no aeroporto Santos Dumont e sou parada por uma ‘revista aleatória’, minutos antes de embarcar pra São Paulo”, contou ela.

“Eu já tinha passado a mala no scanner, e eu mesma já tinha passado no scanner corporal. A mulher me diz ‘tenho que olhar seu cabelo’. Eu olho pra ela aterrorizada com a violência desse ato. Ela chama o superior. Meu dia acabou”, completou Luciane.

Ela ainda lamentou: “Eu trabalho com arte, criando possibilidades e imaginários diferentes, fazendo pessoas sonharem… me fazendo acreditar na mudança. Queria ao menos ter ânimo e cabeça pra continuar divulgando o som e falando o que eu estava falando durante a semana.. queria estar leve! Mas não”.

Fonte: Metrópoles