Presidente do UFC sugere enviar lutadores no combate a vandalismo em protestos

Do superesportes

Depois que o campeão dos meio-pesados do UFC, Jon Jones, saiu às ruas em Albuquerque, no Novo México, para ajudar a combater ação de pichadores em meio a protestos que tomaram conta de várias cidades dos EUA pela morte de George Floyd, o presidente da franquia sugeriu mais ações de atletas para conter atos de vandalismos durante manifestações populares. Para Dana White, não seria uma má ideia enviar mais lutadores para conter os vândalos.

Ao comentar a participação de Jon Jones no combate aos pichadores – além de tomar sprays de mascarados em protesto, o campeão do UFC ajudou em mutirão de limpeza da cidade -, o chefão do UFC sinalizou que apoia iniciativas de mais lutadores para conter vândalos que se misturam aos manifestantes e promovem danos ao patrimônio público. 

“Você viu ele (Jon Jones) andando nas ruas de Albuquerque, tirando latas de spray das mãos dos garotos? Aquele garotos cag**** nas calças. Acho que talvez eu deveria enviar lutadores do UFC às ruas para parar essa m***”, declarou Dana White em entrevista ao podcast “Steve-O’s Wild Ride”. 

Outros nomes ligados ao MMA também saíram às ruas para conter atos de violência em protestos nos EUA. Em Huntington Beach, na Califórnia, o ex-campeão dos meio-pesados e Hall da Fama da UFC, Chuck Liddell, apareceu em imagens de TV apartando brigas e orientando as pessoas a evitar tumultos.

Em Auckland, na Nova Zelândia, o nigeriano naturalizado neozelandês Israel Adesanya, dono do cinturão dos médios, participou de atos antirracistas e discursou em meio aos manifestantes, mas não houve relatos de interferência em ação contra vandalismo. 

Em outra entrevista, Dana White disse que não crê em efeitos práticos na luta contra o racismo, mesmo com os protestos em nível mundial após a morte de George Floyd. O dirigente se mostrou descrente em mudanças na sociedade e indicou que o melhor seria procurar outros meios.

“Fazer mudanças é muito maior que marchar e protestar e todas essas coisas. Vou te dar um exemplo, que parece bobo. Eu acreditei no UFC, juntei amigos e começamos a construir isso. Fomos ao trabalho. Fomos atrás de todos os editores esportivos, todos os canais. Dividimos nossa visão e crescemos nosso movimento”, enfatizou.

“É como quando queríamos voltar a fazer lutas na pandemia. Eu poderia ter reunido 350 funcionários para marcar pela rua gritando, ‘Queremos lutar!’. Não foi o que fizemos. Nós fomos contar nossa história na imprensa e trabalhamos com políticos. É assim que você faz mudanças reais”, sugeriu o mandatário, em declaração ao site MMA Junkie.