Vai ter ‘baile de favela’ em Tóquio SIM! Bianca Andrade garante vaga olímpica

Rebeca Andrade já era cotada para ganhar medalha em Tóquio, mas faltava o mais importante: conquistar vaga na Olimpíada.

Esse problema foi resolvido no último dia (5), quando a brasileira de 22 anos deu um show no Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística, disputado no Rio de Janeiro, e carimbou passaporte para fazer companhia a Flávia Saraiva no Japão.

Na verdade o Pan ainda não acabou, o Brasil se apresentou na penúltima subdivisão, e ainda falta acontecer mais uma, logo mais. Mas não há possibilidade de qualquer outra ginasta superar o desempenho de Rebeca, que competiu no nível de quem vai brigar por medalha olímpica em Tóquio.

Ela fez 14,800 pontos no salto, com uma apresentação mais simples do que o seu melhor, 14,400 nas barras assimétricas, 13,800 na trave, onde teve um pequeno desequilíbrio e quase caiu, e depois 13,700 no solo, quando competiu ao som da música ‘Baile de Favela’. Com isso, somou 56,700 pontos.

No Mundial de 2019, o bronze foi para a russa Angelina Melnikova, com 56,399, menos, portanto, do que Rebeca fez hoje. Usando o Mundial de 2019 como exemplo, a apresentação de hoje de Rebeca valeria final nas assimétricas e encaminharia final, com grandes chances de medalha, no salto.

Mas essa não é a primeira vez que a ginasta brasileira se apresenta nesse nível. O problema é que Rebeca tem tido problemas de apresentar esse desempenho em grandes competições porque sofre com lesões, como a que tirou do último Mundial. Já são três cirurgias de joelho na carreira, aos 22 anos.

O Pan não teve a participação do Canadá, que optou por não viajar ao Brasil durante o momento da pandemia no país, e dos Estados Unidos, que já tinham todas as vagas possíveis.