Após quebra de recorde de mortes por Covid-19, Bolsonaro defende volta à normalidade

O presidente da República, Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta sexta-feira, o retorno à  normalidade no País. O chefe do Executivo declarou que o Brasil está prestes a superar os efeitos da pandemia do novo coronavírus, apesar de os números da covid-19 terem voltado a crescer nas últimas semanas.

“Aos políticos que me criticam, sugiro que façam o que eu faço. Tenho um prazer muito grande de estar no meio de vocês. Dizer a esses políticos do Executivo, o que eu mais ouvi por aqui é: ‘presidente, eu quero trabalhar’. O povo não consegue ficar mais dentro de casa”, disse Bolsonaro, em evento do governo sobre obras rodoviárias realizado em Tianguá, no Ceará.

Bolsonaro também declarou: “O povo quer trabalhar. Esses que fecham tudo e destroem empregos estão na contramão daquilo que seu povo quer. Não me critiquem, vá para o meio do povo mesmo depois das eleições.”

A fala do presidente divide opiniões, pois ocorre no momento em que as medidas contra a Covid-19, voltam a ser vigoradas pelos estados. Toque de recolher e suspensão de aulas presenciais estão entre elas.

O presidente assinou nesta sexta-feira a ordem de serviço para a retomada de três obras rodoviárias no Ceará que estavam paradas. Serão retomadas as obras na Travessia Urbana de Tianguá, localizada na BR-222; os novos traçados da rodovia Variantes na cidade de Umirim e no distrito de Frios; e ainda a conclusão do viaduto que dá acesso à cidade de Horizonte, na BR-116.

Estiveram no evento junto do presidente os ministros, Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Onyx Lorenzoni, (Secretaria-Geral), Gilson Machado (Turismo), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), além do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), general Santos Filho. Parlamentares do Estado e o prefeito de Tianguá, Luiz Menezes de Lima (PSD), também participaram da cerimônia.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), não compareceu ao evento. Em suas redes sociais na quinta, ele disse que o risco de aglomeração em meio à pandemia o impedia de participar das agendas do presidente no Estado.

O Brasil registrou na quinta-feira recorde de mortes nas últimas 24 horas, com 1.582 registros de óbitos pela Covid-19, chegando ao total de 251.661, de acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa. Desde o começo da pandemia mais de 10,3 milhões de brasileiros já foram diagnosticados com o vírus.