Casarão Cassina, a volta ao sucesso com espaço criativo e instagramável

Construído durante a era de ouro do Ciclo da Borracha (1880 e 1910), o Hotel Cassina foi um dos prédios mais luxuosos construídos no fim do século XIX e início do XX no Amazonas. Em estilo eclético, o hotel está localizado na atual rua Bernardo Ramos, no Centro Antigo de Manaus, e pertencia ao comerciante italiano Andrea Cassina.

Com o declínio da extração gumífera, o hotel entrou em decadência e passou a ser conhecido pejorativamente como Cabaré Chinelo, até finalmente chegar a condição de um prédio abandonado, em ruínas. No prédio se hospedou personalidades da época como Galvez, o Presidente do Estado Livre do Acre; o escritor, político e professor brasileiro, Coelho Neto; Marechal Cândido Rondon e p político e militar idealista brasileiro Plácido de Castro sendo oferecido a este último um jantar de gala por seus amigos e admiradores.

(Fotos: Marcely Gomes/Semcom)

A sua entrada principal ficava fronteira ao jardim da referida Praça da República, atual Praça D. Pedro II, avistada pelas janelas da frente, com seus canteiros floridos e gramados, fonte e estátuas, árvores tropicais e coreto dos quais ficava separado pela largura da rua São Vicente.

O Hotel Cassina era todo iluminado por luz elétrica; os banheiros com chuveiros com água quente ficavam situados no primeiro andar. O lugar dispunha de 45 quartos. O salão de jantar era capaz de receber 150 pessoas, com um menu de primeira ordem.

Com o tempo caiu de nível, e na década de 1960 funcionava como o célebre Cabaret Chinelo, onde se entrava até descalço. É considerado um bem que integra o Patrimônio Cultural de Manaus, tendo sido incluído no Decreto da Prefeitura Municipal de Manaus, sob o nº. 7.176, de 10/01/2004, como Unidade de Preservação do 1º. Grau.