Com a inflação, consumo do pão francês cai em 20% de janeiro a setembro deste ano, em Manaus

Consumo do pão francês caiu 20% neste ano, segundo sindipam setor segue pressionado pela alta do dólar e inflação, além da redução na safra do trigo na argentina, que obriga o segmento buscar o produto na europa e nos estados unidos. O consumo do pão francês reduziu 20%, na capital, de janeiro a setembro deste ano, em relação a igual período de 2019 (quando a economia mantinha nível estável).

Segundo o sindicato das indústrias de panificação e confeitaria do amazonas (sindipan-am), o setor vivencia momentos de oscilação na demanda pelo alimento em decorrência da alta dos preços, principalmente do dólar e da energia elétrica.

O presidente do sindipan-am, carlos azevedo, o segmento ainda tenta se recuperar dos efeitos da pandemia. Ele relata que as panificadoras registram resultados que oscilam a cada mês, em um momento positivo, em outro, negativo. Azevedo destaca que o preço do pão sofre variação conforme os custos do trigo, do óleo, do fermento e da energia elétrica.

Os constantes reajustes no fornecimento da energia elétrica oneraram a produção de pães em 25%, neste ano. “estamos preocupados com a variação e alta do dólar porque o trigo usado no estado para a produção de pães é praticamente 100% importado, o que nos torna reféns do dólar. Também houve redução da safra na argentina, que é o principal fornecedor. Em caso de falta, pedimos o produto da europa, dos estados unidos, o que eleva os custos. Fora as despesas com energia elétrica”, disse.

Conforme o presidente, em manaus, o preço do pão não é tabelado e cada empresa pode estabelecer o valor conforme os custos. Neste ano, os reajustes no preço do tradicional pão francês não ultrapassaram 10%. “em nenhum lugar houve aumento superior a 10%.

Os empresários evitam ao máximo repassar os custos ao consumidor porque a demanda já está reduzida e o aumento constante nos preços afetaria ainda mais o consumo. Estamos tentando recuperar o que perdemos desde o início da pandemia e a expectativa é que a economia volte a crescer”, comentou. “o índice de desemprego está elevado e muitos dependem dos auxílios pagos pelo governo, que é uma medida paliativa”, acrescentou.

Delivery de pão foi a alternativa carlos azevedo relatou que com o funcionamento restrito, devido à pandemia, as padarias precisaram buscar alternativas para continuar atendendo ao público que ficou impedido de ir até ao estabelecimento.

Muitas começaram a atender por meio de delivery. “as padarias não eram adeptas do delivery e precisaram adotar o sistema de entrega para crescer as vendas. A mudança deverá permanecer. Nossa expectativa é que com o avanço da vacinação e a proximidade das festas de final de ano a demanda cresça e o setor registre melhores resultados”.

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