Diretora do Hospital 28 de Agosto é presa em operação do MP-AM por suspeita de corrupção

Na manhã desta segunda-feira (26), o Ministério Público do Amazonas (MPAM) através da “Operação Jogada Ensaiada”, prendeu o presidente do clube Atlético Amazonense, Henrique Barbosa e sua esposa Júlia Marquês, além da diretora executiva do Pronto-socorro 28 de Agosto, Querciane Alves, por suspeitas de atos corruptos cometidos dentro das dependências da unidade hospitalar.

O esquema foi descoberto após investigações de manipulação de resultados na segunda divisão do futebol profissional do Amazonas, envolvendo o presidente do Atlético Amazonense, Henrique Barbosa.

O presidente do Atlético Amazonense ficou conhecido após denúncias feitas revelando um suposto esquema de compra de resultados na Série B do campeonato local. O caso repercutiu nacionalmente após um atleta do clube envolvido, fazer um nítido gol contra, o que aumentou as desconfianças do Ministério Público.

ENTENDA A INVESTIGAÇÃO SOBRE O ESQUEMA DE MANIPULAÇÃO DE APOSTAS

Em 18 de abril, o Ministério Público de Goiás (MPGO) realizou a 2ª fase da operação Penalidade Máxima. O inquérito apura a atuação de um grupo criminoso responsável por aliciar jogadores de futebol a tomar ações no campo para influenciar o resultado de apostas em troca de dinheiro.

A investigação ganhou notoriedade nacional no dia 9 de maio de 2023 com o indiciamento de jogadores da série A do Campeonato Brasileiro. Até o momento, 15 jogadores foram denunciados e 7 se tornaram réus. O Ministério Público de Goiás cobra dos envolvidos ressarcimento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. A investigação é conduzida pelo:

  • GAECO, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado; e
  • GFUT, Grupo de Atuação Especial em Grandes Eventos do Futebol.

Segundo a investigação do MP-GO, a atuação do grupo criminoso funcionava da seguinte forma:

PENALIDADE MÁXIMA

A operação Penalidade Máxima foi iniciada em novembro de 2022 a partir de uma denúncia de Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova Futebol Clube, que também é policial militar.

O clube, sediado em Goiânia (GO), identificou a manipulação de 3 partidas da Série B do Campeonato Brasileiro para atender a interesses de apostadores. Um dos envolvidos era o volante Romário, jogador do próprio Vila Nova que foi ameaçado depois de não cumprir um dos acordos que lhe renderia R$ 150 mil.

A 1ª fase da investigação foi deflagrada em 14 de fevereiro, quando foram cumpridos mandados de busca, apreensão e uma prisão temporária em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro.

Já a 2ª fase identificou a influência do grupo criminoso em 8 partidas da Série A do Campeonato Brasileiro. Nos 16 jogos investigados, a operação identificou ao menos 23 fatos criminosos ocorridos. Dos 16 réus, 7 são jogadores de futebol e 9 são apostadores ligados ao grupo criminoso.

Com informações de Poder 360