Imagens que foram divulgadas na última sexta-feira (10) mostram que o Supermercado DB, que fica localizado na avenida Coronel Teixeira, no bairro Ponta Negra, zona Centro-Sul de Manaus, voltou a dificultar a vida de clientes que possuem deficiência (PCDs).
Um leitor que esteve no local afirmou que quem usa transporte de aplicativo ou táxi sente dificuldades para levar as compras até o carro tendo que fazer várias viagens, pois o espaço é pequeno para passagem. Já quem se locomove com cadeira de rodas não consegue nem mesmo entrar no local.
A advogada e vice-presidente da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil, Nancy Segadilha, comentou sobre a situação e afirmou que a inclusão é um dever de todos os lugares, sejam eles públicos ou privados.
“É importante que os empresários estejam atentos e assegurem a acessibilidade a todos. Para isso, é necessário que seja garantido os direitos fundamentais das Pessoas com Deficiência na área do consumo, tanto em meios físicos quanto os remotos”.
De acordo com Nancy, os estabelecimentos que não cumprem com o acesso básico a pessoas com deficiência estão tendo uma atitude discriminatória e violando os direitos humanos.
Ainda segundo ela, é importante que a situação seja denunciada ao Procon, ao Ministério Público e a Delegacia Especializada do Consumidor – DECON. “Essa ausência de adaptação é fruto da falta de fiscalização”, finalizou.
Outro caso
A artista e professora amazonense, Ananda Guimarães, de 25 anos, passou por uma situação ruim no último mesmo envolvendo o mesmo estabelecimento, mas de outro bairro.
Ananda é portadora de Stargardt, uma degeneração na mácula da perda de visão progressiva. Ela foi vítima de capacitismo no local por ”não aparentar” ter alguma deficiência.
