A Justiça do Amazonas solicitou à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) uma investigação na conduta dos advogados envolvidos na Operação Dracma. De acordo com a magistrada, os advogados abandonaram seus clientes ao não apresentarem a defesa dentro do prazo estabelecido pela justiça.
O pedido da Justiça foi enviado nesta sexta-feira (14), a OAB-AM. O processo que tramita na Justiça apura fraudes em rifas ilegais promovidas por influenciadores digitais em Manaus. Segue preso o influenciador Lucas Picolé.
A decisão foi proferida pela juíza Aline Kelly Lins, da 4ª Vara Criminal da Comarca de Manaus. Os réus têm 10 dias para nomear novos defensores. Caso contrário, um advogado será designado pela própria juíza para representá-los.
Os influenciadores investigados na Operação Dracma incluem João Lucas da Silva Alves, conhecido como Lucas Picolé, Isabelly Aurora, Enzo Felipe da Silva Oliveira, conhecido como Mano Queixo, Aynara Ramilly, além de outras quatro pessoas que atuavam como “laranjas”.
A juíza enviou um ofício à OAB, requisitando que a entidade tome as medidas disciplinares adequadas, concluindo que os advogados agiram deliberadamente ao permanecerem inertes, prejudicando assim o andamento do processo e a defesa dos réus.
Em resposta, o advogado Vilson Benayon, que representa os réus, afirmou que não abandonou o caso. “Trata-se de uma operação policial complexa com mais de 2.500 páginas, na qual a defesa, de forma minuciosa e com o objetivo de provar a inocência de seus clientes, contesta todas as acusações. Informo ainda que até a próxima segunda-feira (17), todos os memoriais (principal defesa do processo) serão protocolados”, disse Benayon.
