Mãe descobre estupro da filha de 9 anos por mensagem no WhatsApp

A mãe da menina de apenas nove anos que foi vítima de estupro em um abrigo para menores de idade em Santos (litoral de São Paulo) diz que descobriu o caso por meio do WhatsApp. Um adolescente de 13 anos suspeito do crime foi encaminhado para a Fundação Casa, segundo o portal G1.

Um print enviado pela mãe ao portal G1 mostra a conversa entre ela e uma abrigada, que foi quem a avisou sobre o caso. No diálogo, a adolescente alega que viram a menina no banheiro, paralisada, e diz que teriam feito um exame que comprovou o estupro.

A mãe da garota, que prefere não se identificar, explicou ao G1 que ficou desesperada ao descobrir e foi até o local com o ex-marido. Ela relatou que os filhos estão no abrigo há cerca de um ano, pois houve uma briga com o ex-companheiro e a Justiça decidiu que o local era mais seguro para as crianças.

“Quando eu cheguei lá, ela começou a gritar: ‘mãe, me tira daqui, eu fui estuprada’. A minha menina está desesperada, ficou muito nervosa. Eu também estou passada com tudo isso”, desabafou a mãe ao G1. Após o caso, um termo de declaração foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.

O caso teria ocorrido em 19 de setembro, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, mas a família afirmou à reportagem do G1 que foi avisada somente 12 dias depois do caso.

A Polícia Militar foi acionada para atender o caso de estupro de vulnerável no abrigo particular, que está sob intervenção da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Santos. Na unidade, o adolescente foi apreendido e a menina, socorrida.

Em nota ao portal G1, a Prefeitura de Santos informou que, desde julho de 2021, a unidade está sob a intervenção da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Seds), após decisão judicial que determinou a suspensão do termo de colaboração entre a Seds e a entidade, para apuração de fatos de conhecimento do Poder Judiciário, que estão sob segredo de justiça.

Ainda conforme a administração municipal, os familiares que possuem vínculos com as crianças e adolescentes acolhidos e que têm autorização judicial para agendar visitas ao acolhimento são comunicados constantemente dos atendimentos realizados pela equipe técnica da Seds.