Bebê terá documento sem identificação de sexo para ‘decidir gênero quando crescer’

Mundo- Doty uma mãe/pai  transgênero, e não se identifica como homem ou mulher, registrou seu filho sem o registro de gênero esse é o primeiro caso de recém-nascido com um documento oficial em que seu gênero não é identificado.

O cartão de saúde da criança, batizada como Searyl Atli, foi emitido pelo governo da Província de Colúmbia Britânica com a letra “U” no espaço reservado para “sexo”, o que pode ser interpretado em inglês como undetermined (indeterminado) ou unassigned (não atribuído).

Esse fato –que parece ser inédito no mundo, segundo a imprensa canadense– era uma demanda de Kori Doty, que é pai/mãe de Searyl.

Kori é transgênero, se identifica como uma pessoa “não binária” –classificação usada por pessoas que não se consideram homem ou mulher– e deseja que o filho descubra por conta própria seu gênero quando for mais velho.

Kori tenta omitir o gênero da criança também da certidão de nascimento. Isso é negado pelas autoridades até o momento. Atualmente, as certidões de nascimento de Colúmbia Britânica só permitem que sejam designados os gêneros “masculino” e “feminino”.

Por isso, Kori move uma ação contra a Agência de Estatísticas Vitais Colúmbia Britânica, órgão responsável pela emissão de registros civis. Em meio a essa disputa, no entanto, o cartão de saúde da criança foi enviado no mês passado pelo governo da Província sem a identificação de gênero.

A advogada da família, barbara findlay, que prefere escrever seu nome sem maiúsculas, disse ao site Global News que “a designação de gênero nesta cultura é feita quando um(a) médico(a) abre as pernas e olha para os genitais de um bebê”. “Mas nós sabemos que a identidade de gênero do bebê só será desenvolvida alguns anos após o nascimento.”.

A imprensa canadense disse que o cartão de saúde do bebê pode ser o primeiro do mundo sem uma definição de gênero.