O brasileiro, natural de Minas Gerais, Hudson Bonsucesso Nazaré, de 32 anos, está internado desde o último domingo (23) em estado grave e coma induzido após ser agredido na região do Fogueteiro, Concelho do Seixal, próximo a Lisboa em Portugal. A vítima trabalha como motoboy em Portugal e desentendeu-se com um cliente após uma entrega.
A vítima está no Hospital Garcia de Orta, em Almada e foi induzido ao coma antes de passar por uma cirurgia para drenagem de um coágulo sanguíneo no cérebro.
O caso aconteceu quando Hudson foi acionado por um restaurante japonês para realizar uma entrega a Isaac da Cunha, de 34 anos. Ao chegar ao local, o brasileiro discutiu com o cliente sobre a obrigatoriedade de a entrega ser feita no quinto andar do apartamento.
Isaac, o agressor, desceu para encontrar-se com Hudson e acertou um soco em Hudson que trabalha de motoboy há três anos.
A esposa de Hudson, Raquel Nazaré, que trabalha como cuidadora de idosos, descreveu o estado do rapaz. “A hemorragia foi estancada, mas está em coma induzido porque tem um pouco de sangue na cabeça e, assim, o corpo reage melhor. Foi muito grave. Não sei dizer como começou a confusão, só sei que foi rápido. Ele estava trabalhando e é muito injusto.”
O advogado Marcel Borges entrou em contato com Raquel, que relatou ter sido impedida pela polícia local de registrar queixa. “Alegaram que era responsabilidade da vítima. Como, se o Hudson está em coma? E o agressor livre”, declarou.
Borges também desmentiu Isaac e garantiu que o agressor em nenhum momento procurou a família de Hudson para pedir desculpas ou oferecer auxílio.
“Ele disse que entrou em contato com a família, mas não é verdade. É lutador e professor de artes marciais. Vamos entrar com um pedido de prisão preventiva, de suspensão das suas atividades como professor e exigir pagamento para auxílio do casal, cuja maior receita vinha de Hudson, que faturava € 70 por dia em meio expediente como motoboy e tinha outro trabalho”, disse.
