Coca-Cola gera polêmica ao promover seminário com o tema “seja menos branco”

Um curso um tanto quanto controverso, utilizado pela Coca-Cola com seus funcionários, causou grande repercussão nesta semana. O treinamento, supostamente utilizado para estimular a diversidade na empresa, incentivava os colaboradores a serem “menos brancos”, mas foi retirado do ar logo após uma publicação sobre o assunto viralizar nas redes.

Segundo reportagem do jornal New York Post, o curso, nomeado como Confrontando o Racismo, foi oferecido pela plataforma LinkedIn Education. Em um dos slides, segundo a publicação, é dito que “nos Estados Unidos e em outras nações ocidentais, os brancos são socializados para se sentirem inerentemente superiores por serem brancos”.

Outro ponto do curso sugere que o colaborador “tente ser menos branco”, com dicas que incluem “ser menos opressor”, “ouvir”, “acreditar” e “romper com a solidariedade branca”. As imagens foram enviadas a ela por um “denunciante interno” da Coca-Cola, que disse que o curso era “obrigatório”.

De acordo com o NY Post, as imagens do treinamento foram publicadas pela influenciadora Karlyn Borysenko, que, por sua vez, teria recebido os arquivos de um “denunciante interno” da Coca-Cola que disse que o curso era “obrigatório”.

Após a repercussão do caso, o LinkedIn disse, na última segunda-feira (22), que havia retirado o polêmico curso da plataforma. Em nota enviado ao site Newsweek, a empresa afirmou que a retirada foi feita a pedido da produtora do conteúdo.

– O curso Confronting Racism com Robin DiAngelo não está mais disponível em nossa biblioteca de cursos, a pedido do provedor de conteúdo terceirizado do qual licenciamos esse conteúdo – disse Nicole Leverich, vice-presidente de comunicações.

A própria escritora Robin DiAngelo, que aparece como a professora do curso, insistiu que não sabia que era apresentada no curso. A representante de Robin afirmou que os vídeos que trazem o conteúdo foram reeditados de forma que já não representam a ideia original do trabalho da escritora.

– Ela não sabia que os vídeos haviam sido reeditados dessa forma, ou que estavam sendo comercializados como um curso/treinamento sobre anti-racismo, já que a forma como o conteúdo foi elaborado não representava com precisão a forma como ela facilitaria isso tipo de trabalho – disse Caitlin Meyer.

A Coca-Cola, por sua vez, negou que o treinamento fosse obrigatório para os funcionários e afirmou que, embora a iniciativa Better Together inclua acesso ao treinamento de diversidade do LinkedIn, o curso “não fazia parte do currículo da empresa”.

– Continuaremos a ouvir nossos funcionários e a refinar nossos programas de aprendizagem conforme apropriado – finalizou a companhia.

Com informações do Pleno news