
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira (28) uma recompensa de 25 milhões de dólares (cerca de R$ 140 milhões) para quem fornecer pistas que levem à prisão ou condenação do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro.
A divulgação foi feita em um cartaz com a foto de Maduro, publicado pela Administração de Repressão às Drogas (DEA), que é vinculada ao Departamento de Justiça.
Além de Maduro, o DEA também incluiu na lista de procurados Diosdado Cabello, ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa — ambos integrantes do alto escalão do governo e do mesmo partido político do presidente.
Segundo o governo dos Estados Unidos, Maduro é acusado de conspiração para o narco-terrorismo, tráfico internacional de cocaína e uso de armamento pesado no apoio a organizações criminosas. As autoridades norte-americanas afirmam que o presidente venezuelano lidera o chamado Cartel de Los Soles, classificado como organização terrorista internacional desde a última sexta-feira (25) pelo governo Trump.
“O Cartel de los Soles é um grupo criminoso sediado na Venezuela, liderado por Nicolás Maduro Moros e outros integrantes de alto escalão do regime de Maduro. O grupo fornece apoio material a organizações terroristas estrangeiras que ameaçam a paz e a segurança dos Estados Unidos, em especial o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa”, afirmou o Departamento do Tesouro dos EUA em nota oficial.
No domingo (27), o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reforçou a posição do país em relação ao governo de Caracas. Em comunicado, declarou que “Maduro não é o presidente da Venezuela e seu regime não é o governo legítimo”.
A escalada nas acusações contra o líder venezuelano ocorre em meio à crescente tensão diplomática entre Washington e Caracas, com os Estados Unidos mantendo sanções econômicas contra o regime chavista e apoiando a oposição venezuelana em seu esforço por eleições livres e monitoradas internacionalmente.
Até o momento, o governo da Venezuela não se pronunciou oficialmente sobre a nova recompensa oferecida pelo DEA.