Fetichistas lucram com venda de máscaras com odor de partes íntimas

Após quase um ano da pandemia de covid-19, um novo modelo de máscaras começou a ser comercializado entre os que querem se proteger do vírus de uma forma que eles consideram mais prazerosa: máscaras com odor de partes íntimas para fetichistas.

Nos sites Snifffr e All Things fetichistas de variados gostos vendem e compram meias, calcinhas e outras peças de roupa que despertem algum tipo de desejo sexual peculiar. As modelos que costumam lucrar com a venda destas peças expandiram o negócio para o comércio de máscaras com odor de suas partes íntimas — como vagina, pés e seios.

De acordo com o site Vice, as máscaras perfumadas variam entre US$ 5 e US$ 250 (equivalente a R$ 27 e R$ 1.350 respectivamente) e são transportadas por serviços de entrega locais. A vendedora fetichista identificada como Cat, no Snifffr, faz a descrição do produto no site: “Imagine percorrer os corredores de uma loja e apreciar meu perfume” — e mais — “Vou deixar o seu uso da máscara mais agradável!”, diz a propaganda.

“Acho que as pessoas gostam deles porque podem desfrutar de um fetiche fora de casa. Acho que é um pequeno segredo que só eles sabem e que o torna arriscado e divertido”, relata a comerciante ao site.

Além de vender o fetiche às pessoas, Cat diz que também sente um certo tipo de prazer em saber que pessoas aleatórias usam máscaras que estiveram em contato com suas partes íntimas. “É pessoalmente emocionante para mim saber que uma máscara que usei na minha calcinha ou nos sapatos agora está sendo usada no rosto de alguém e eles estão gostando”, revela.

Para ela, os compradores passam por uma experiência erótica ao andarem por aí inalando os odores: “Muitos da minha clientela ‘fetichizam’ os cheiros, então, ser capaz de ter uma máscara cheia de minhas fragrâncias pressionada firmemente em seu rosto e ser capaz de inalar profundamente meus aromas, pode ser uma experiência altamente eufórica e erótica para alguns”, diz.

Sidney77, que também utiliza o Reddit para atrair o público e lucrar, acha que mesmo sem haver contato físico com o cliente, existe uma troca de experiência íntima entre comprador e vendedor: “O fascínio é que eles podem compartilhar algo muito particular e íntimo comigo, abertamente, em público. Eles andam por aí com um segredinho sujo”, conta ela.

Vale ressaltar que o uso correto de máscaras para evitar a contaminação pelo novo coronavírus vai contra a ideia das vendas deste tipo de item. As máscaras devem estar higienizadas para o uso seguro.