Mulher economiza em cirurgia plástica e resultado dá errado

Do IG

Seguindo conselhos de uma colega de trabalho, Nicole Reed, de 30 anos, foi de Auckland, Nova Zelândia, à Turquia para fazer uma cirurgia plástica. Segundo conta ao The Sun , ela achou que valeria a pena viajar para colocar implantes porque o valor era menor do que no país onde vive, mas o resultado final foi bastante diferente do esperado.  

O desejo de fazer plástica , diz ela, veio da influência das redes sociais. “Eu via fotos de garotas com corpos esculpidos, lábios grossos e pele perfeita na tela do celular e pensava ‘Eu amaria ter essa aparência’. Trabalhando como comissária em super iates eu sempre estive cercada de gente assim e praticamente vivia de maiô, então me sentia inadequada e depois de sofrer com efeito sanfona, meus seios estavam caídos”, afirma. 

Então, ela descobriu que na Turquia os implantes de silicone eram mais baratos. “Encontrei uma clínica que fazia a cirurgia por 2,8 mil libras esterlinas (cerca de R$ 14,9 mil) – cerca de mil libras (R$ 5,3 mil) a menos do que no Reino Unido ou na Nova Zelândia”, conta. 

“Meses depois, pousei em Istanbul, animada com meu novo corpo. Deu tudo certo e amei meus novos implantes, mas concluí que precisava levantar os seios . Uma vez que comecei, não parei mais. Queria fazer enxerto no rosto, lipoaspiração e levantar o bumbum.”

Plástica malsucedida

Em 2017, Nicole voltou a Turquia e reencontrou o cirurgião plástico. Ele sugeriu fazer todos os procedimentos que ela queria de uma única vez para “economizar dinheiro e cirurgias” e, apesar de não ter planejado isso, ela concordou. 

“Depois de uma operação de sete horas, eu senti que tinha sido atropelada por um ônibus. Meu corpo todo doía e eu estava vomitando sangue. Como eu havia operado meus seios e meu bumbum, não poderia deitar de costas ou de frente. Dormir era uma agonia”, relata.

Apesar de ainda estar sentindo muita dor, a jovem foi liberada depois de dois dias. “Fiz check in em um hotel e fiquei na cama. Todas as partes do meu corpo doíam. Depois de uma semana, fui ao aeroporto. Tinha marcado um voo para a Tailândia, pensando que poderia me recuperar no Sol e os médicos tinham me liberado para voar. Quando cheguei, não tive a energia para curtir.”

“Deitei em travesseiros perto do bar e decidi cuidar do meu corpo. ‘O que fiz comigo mesma?’, pensei. Me sentia como a vítima de um acidente de carro. Dias depois, notei que os pontos no meus seios estavam abrindo, infeccionados e cheios de pus.”

Ela “implorou pela ajuda” de um médico na Tailândia que removeu os pontos e prescreveu um novo antibiótico. “Sentindo que não tive cuidado suficiente na clínica da Turquia, eu entrei em contato com o cirurgião, mas o número estava fora de área. Estava com medo e com dor.”

Então, ela voltou para a Nova Zelândia. “Quando meu irmão me buscou no aeroporto, eu sabia que precisava de ajuda. Ele me levou direto ao hospital e a enfermeira que me atendeu ficou chocada. ‘O que aconteceu com você?’, ela perguntou. Meus seios estavam deformados”, diz. 

Segundo ela, um cirurgião local recomendou uma plástica corretiva, que só pode ser feita após a cicatrização completa. “Enquanto isso, só posso esperar. O médico me explicou que sem o devido cuidado, eu não consegui me curar direito e uma bactéria entrou na ferida, causando uma infecção. Agora, preciso lidar com as consequências disso”, comenta. 

“Eu queria ter pesquisado sobre os perigos do turismo médico antes de passar por isso. A pior parte é que eu fiz isso para mim mesma. Me arrependo de corpo e alma. Quero alertar outras pessoas para que elas não fiquem admiradas por fotos nas redes sociais, não vale a pena. Tive que aprender com o meu erro e percebi que você recebe o que paga”, finaliza.