Padre desvia R$ 400 mil de doações de paróquia para gastar com garotos de programa

Um padre católico, foi preso na última quarta-feira (21), após ter roubado quase cem mil dólares (cerca de R$ 400 mil reais) em doações de uma igreja para pagar garotos de programa que conheceu no aplicativo de relacionamento Grindr, especificamente para gays.

O reverendo Joseph McLoone, de 56 anos, abriu uma conta secreta em 2011 para depositar doações de paroquianos da Igreja de São José, na cidade de Downingtown, em Pensilvânia.

McLoone, depositava o dinheiro das doações para uma conta pessoal. Durante seis anos, ele desviou o total de U$S 98.405, de acordo com o chefe de gabinete da promotoria do condado de Chester, Charles Gaza.

O padre ocupou uma posição de liderança e seus paroquianos confiavam nele para usar adequadamente com suas generosas doações para a igreja. McLoone supostamente retitou cerca de U$S 46.000 em dinheiro da conta não revelada em Ocean City, Nova Jersey, onde ele é dono de uma casa de praia. Ele também admitiu usar alguns dos fundos para pagar suas “despesas pessoais”, ele havia também depositado U$S 1.200,00 na conta de detento de uma prisão em Nova York.

O preso, identificado em documentos judiciais como Brian Miller, nunca foi a Pensilvânia e não tinha ligações com a igreja de Downingtown. McLoone disse aos investigadores que Miller morava em Nova York e que ele conheceu o preso através do Grindr para um relacionamento sexual, mostra o processo.

McLoone fez 17 pagamentos, totalizando US $ 1.720 para homens que conheceu no Grindr, os valores foram arrecadados de doações de missas, casamentos e funerais realizados na paróquia. Ele também é acusado de usar US $ 3.000 dos fundos roubados para pagar os cartões de crédito pessoais.

A Arquidiocese de Filadélfia iniciou uma investigação de McLoone no início de 2018. Mais tarde, ele foi colocado em licença administrativa antes de renunciar como pároco da paróquia, segundo um comunicado divulgado na quarta-feira, por autoridades da diocese.

“Essas acusações são sérias e perturbadoras”, dizia o comunicado. “A Arquidiocese e a paróquia continuarão cooperando com as investigações. Enquanto aguardam o resultado, o monsenhor McLoone permanece em licença administrativa. Informações sobre sua prisão serão divulgadas com a comunidade da Paróquia de São José. ”

McLoone não foi encontrado para comentar o assunto, o seu advogado nega as acusações.