Para driblar a fome, povo do Malauí come ratos

Para sobreviver, a população mais pobre do Malauí tem se alimentado de ratos. Tradicionalmente consumidos como um lanche, eles foram transformados pela pandemia do coronavírus em um prato de sobrevivência.

Localizado no sul da África, o Malauí é considerado um dos países mais pobres do planeta. Mais da metade dos quase 18 milhões de habitantes sobrevive abaixo da linha de pobreza.

Pelo balanço da universidade dos americana Johns Hopkins, há mais de 5.400 casos e 175 mortos em decorrência da Covid-19 no país.

Havia planos para um programa de subsídios ao consumo, mas em maio aconteceu uma eleição no país, e o governo foi trocado. O novo presidente, Lazarus Chakwera, ainda trabalha em um projeto para mitigar as perdas econômicas.

As autoridades de saúde recomendaram há alguns meses o consumo de rato, uma alternativa à carne, que se tornou inacessível. “É uma fonte valiosa de proteínas”, alega Sylvester Kathumba, nutricionista chefe do Ministério da Saúde.

Assados no espeto e salgados, os ratos são tradicionalmente consumidos entre as refeições em localidades do centro do país.