Preços do petróleo voltam a disparar após sanções contra Rússia

O barril do petróleo é cotado hoje nos preços mais altos desde julho de 2014 diante do avanço do exército da Rússia em direção a Kiev, a capital da Ucrânia.

A disparada do preço do petróleo é sustentada pelos temores de escassez de oferta diante dos ataques russos.

Referência internacional do mercado, o petróleo do tipo Brent chegou a US$ 106,53 por barril, subindo 8,7% e atingindo o preço mais elevado desde 2014.

O petróleo WTI, negociado nos EUA, subia 9,4%, a US$ 104,65 por barril por volta das 13h de quarta-feira (2).

No mesmo horário, os ADRs da Petrobras em Nova York subiam quase 5%.

“Tudo isso junto significa uma coisa para a economia global: inflação. Já é um problema hoje, e pode ser piorado com essa situação”, disse o diretor do CNN Brasil Business, Fernando Nakagawa.

Segundo ele, o preço da gasolina está hoje desafado em 13%, e o do diesel, 12%. “Se aplicasse os percentuais de reajuste na média nacional da ANP, a gasolina iria de R$ 6,56 para R$ 7,41 o litro, e diesel para R$ 6,26”.

Já na terça-feira (1º), o preço do trigo subiu 8,91%, chegando ao maior valor em 13 anos, enquanto o milho avançou 6,06%. Já há relatos na imprensa internacional de empresas de ração animal que estão comprando alternativas ao milho para compor seus produtos.

No caso do Brasil, a chegada da alta de preço do trigo é indireta, já que a maior parte da commodity é importada da Argentina. Entretanto, a cotação seguida é a internacional, o que encarece os valores.

Trigo subiu 8,91%, maior preço em 13 anos, e o milho subiu 6,06%, com relatos na imprensa internacional de empresas de ração animal comprando alternativas ao milho.