Primeiro-ministro da Espanha e prédios públicos de Madri recebem seis cartas-bomba

Uma série de cartas-bomba enviadas a endereços do governo e da diplomacia em Madri, na Espanha, deixou o país em alerta. As ameaças têm sido recebidas desde quarta-feira (30). No total, seis cartas-bomba foram detectadas na cidade em 24 horas.

Segundo informações da imprensa internacional, o primeiro local que recebeu o objeto foi a embaixada da Ucrânia na capital espanhola. Na ocasião, um funcionário ficou ferido ao abrir o pacote, mas passa bem, de acordo com o embaixador ucraniano no país, Serhii Pohoreltsev.

Em todos os outros endereços, o conteúdo foi detectado antes de que fosse aberto e não houve feridos. De acordo com o governo da Espanha, as correspondências são similares e foram enviadas de dentro do país.

As cartas seguintes foram entregues no prédio do Ministério da Defesa da Espanha; na base militar de Torrejón de Ardoz (a principal do país); no gabinete do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez; uma fabricante de armas em Zaragoza e por último, a Embaixada dos Estados Unidos em Madri.

Após os incidentes, a polícia nacional espanhola ativou o protocolo antiterrorista no país inteiro, que autoriza policiais e esquadrões antibombas a fazer operações especiais de bloqueio de estradas e aeroportos e busca e apreensões.

A segurança em todos os prédios públicos e sedes diplomáticas locais foram reforçadas. O país tem um dos protocolos antiterroristas mais avançados da Europa.

Ameaças em meio à Guerra na Ucrânia

As ameaças surgem após a Espanha, junto com outros países da União Europeia, apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia. O país envia, regularmente, armamentos ao Exército Ucraniano.

Antes, o país governado por Vladimir Putin já tinha ameaçado retaliar países europeus que enviarem ajuda para as Forças Armadas da Ucrânia. Apesar disso, o responsável pelas cartas-bomba ainda não foi identificado e o caso está sendo investigado.

“Conhecemos os métodos terroristas do país agressor. Os métodos e os ataques da Rússia obrigam-nos a estar preparados para qualquer tipo de incidente, de provocação”, disse o diplomata Serhii Pohoreltsev.