Venezuela anuncia prisão de estrangeiros que entrarem sem autorização

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, declarou nesta quarta-feira (20) que estrangeiros que entrarem ilegalmente no país “não sairão” de seu território. A fala ocorreu em Caracas, em meio ao envio de 4 mil militares dos Estados Unidos para o Caribe, dentro de uma operação contra cartéis de drogas.

Segundo Rodríguez, a medida está ligada ao dever dos venezuelanos de proteger a pátria e não representa uma ameaça vazia, mas sim uma garantia da defesa da soberania nacional. Ele destacou ainda que a Venezuela é o país que mais combateu o narcotráfico no continente, lembrando a expulsão da DEA durante o governo Hugo Chávez.

Na sessão parlamentar, deputados aprovaram uma resolução em defesa da soberania e anunciaram ações diplomáticas contra o que classificam como “agressões imperialistas”. Rodríguez também conclamou a população a resistir às pressões externas.

Dois dias antes, o presidente Nicolás Maduro já havia anunciado a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados em todo o território, dentro do que chamou de “plano de paz” para manter o país em alerta.

A decisão ocorre após Washington oferecer US$ 50 milhões (cerca de R$ 274 milhões) por informações que levem à captura de Maduro, acusado pelos EUA de liderar o chamado Cartel dos Sóis — denúncia que Caracas rejeita e atribui a perseguição política.

Enquanto isso, os Estados Unidos ampliam sua presença militar na região com navios, aeronaves e mísseis. A operação foi revelada pela CNN e confirmada por autoridades norte-americanas.