Na manhã desta quarta-feira (25), o advogado e ex-deputado estadual Lino Chíxaro, o médico Mouhamad Moustafá e Murad Aziz compareceram à sede da Polícia Federal (PF) para prestar depoimento sobre as acusações de que teriam tentado obstruir investigações ao saberem da “Operação Cashback”, uma das fases da Operação Maus Caminhos.
Chíxaro foi acusado de trocar seu celular ao sabe da operação, segundo a polícia ele sabia que seria alvo da investigação e por isso, um dia antes, teria trocado de celular e entregado a polícia um aparelho sem informações. Para a polícia a intenção era de obstruir as investigações.
Deflagrada em outubro de 2018, a operação Cashback prendeu, além de Chíxaro, mais dez pessoas entre elas Murad Aziz, acusados de envolvimento em desvios de recursos destinados a saúde no Amazonas.
Murad e Lino foram soltos, porém em julho deste ano, Murad foi detido novamente durante a operação Vertex, que teve como principal alvo o senador Omar Aziz.
Na sede da PF, Murad afirmou que vai contar a verdade perante o juiz e afirmou não saber que a operação seria deflagrada, e que irá comprovar o motivo de sua academia estar fechada no dia da investigação. O advogado de Murad, diz que não houve obstrução da justiça e que a academia estava fechada por problemas de energia.
Chíxaro e Murad negam envolvimento com o esquema de Mouhamad. Lino afirma ter apenas contato profissional com o médico, Murad afirma que além de ter sido atendido por ele é padrinho da filha de Mouhamad.
A advogada de Mouhamad afirmou que não há provas de que seu cliente tenha tido contato com pessoas que sabiam da operação Cashback.