O ex-governador e atual pré-candidato ao governo do Amazonas, Amazonino Mendes (sem partido) é apontado como o responsável por ‘inflamar’ a decisão que deixou de fora benefícios de doze coronéis da reserva da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM). A ideia, segundo a fonte é que esses Coronéis de reserva, causem um ‘motim’ para pressionar o comando da PM-AM e o Governo do Amazonas, a conceder benefícios também para os coronéis da reserva e desestabilizar o atual governo.
As vantagens contemplam cerca 10 mil policiais entre militares e bombeiros, e fazem parte das ações do governador Wilson Lima (PSC) e deverão ser implementadas já em janeiro de 2022 com o pagamento da data-base de 2020. O grupo de coronéis aposentados teria ficado de fora, e segundo a fonte, teria se revoltado.
“Até que o grupo de oficiais aposentados seja também contemplado, eles estão dispostos a prejudicar as quase 10 mil famílias de PMs e bombeiros em atividade”, revelou a fonte, que também descreveu estar preocupada com o cunho político e eleitoral do movimento.
Politicagem
Com a aproximação das Eleições de 2022, é comum acontecerem todo tipo de movimentação e protesto a fim de prejudicar o atual governo. A fonte aponta que toda a organização do protesto está sob o comando de dois oficiais da reserva com larga participação na política do ex-governador e atual pré-candidato ao governo do Amazonas, Amazonino Mendes (sem partido): o coronel Walter Cruz e coronel Amadeu Soares.
Cruz e Amadeu fizeram parte da linha de frente do grupo de Mendes e ocuparam cargos de confiança em toda a gestão do ex-governador.
Durante uma reunião para alinhar forças, o referido grupo pediu vários benefícios “Você via claramente que eles veem nisso uma possibilidade de atrapalhar o atual governo. Se a tropa não receber o aumento em janeiro, o Wilson (Lima) fica mal com a gente e é ganho político para eles”, explicou.
Benefícios
Em outubro, o governador Wilson Lima anunciou o pagamento da data-base de 2020, no
percentual de 3,30%, para servidores da ativa da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Na última sexta-feira (3), ele encaminhou outras duas mensagens que vão possibilitar aumento no salário dos PMs.
A primeira aumenta o valor da hora extra, que hoje rende ao policial, em média, R$ 800 por mês e com a mudança poderá chegar a ganhos em torno de R$ 1,9 mil, mais que o dobro do que se
paga atualmente.
A segunda cria a gratificação de curso para policiais militares e bombeiros do Estado, que segundo a proposta já encaminhada à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) vai variar entre 25% a 35% do salário do policial, de acordo com a titulação. Ou seja, um soldado, poderá acrescentar ao salário R$ 1.207,86, caso faça especialização, e um coronel, o valor de R$ 7.792,61, ao concluir o doutorado.
