Após 10 anos, ex-marido que matou a perita é condenado à prisão, mas irá recorrer em liberdade

O Cirurgião-Dentista Milton César Freire da Silva foi condenado pelo Tribunal do Júri neste domingo (09), em regime fechado, pelo assassinato da sua esposa, a perita criminal “Lorena Baptista”. Milton ganhou o direito de recorrer em liberdade. A sentença da condenação saiu após dez anos do assassinato de Lorena que ocorreu em julho de 2010.

O Juíz Matheus Rios condenou o cirurgião pelas perdas de seu cargo como funcionário público. O Réu também exercia a função de odontólogo na Rede estadual de saúde. Matheus concedeu ao Réu para recorrer em liberdade por ter bons antecedentes.

Os Advogados de Milton relataram na noite deste domingo que vão entrar com recursos no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJA-AM), para rever o julgamento. O início começa a contra a partida nesta terça-feira (11) e o prazo de encerramento serão cinco dias uteis.

Milton é considerado culpado pela morte da ex-companheira Lorena Baptista que era perita criminal da Policia Civil , ele tinha duas filhas e um filho com Lorena.

De acordo com o Ministério Público e com os familiares da vítima, Milton atirou em Lorena com a arma dela. Pois o Réu nega este crime e disse que o tiro foi acidental, enquanto eles estavam travando uma luta corporal e tentou desarma-la, disse Milton.

Esta denúncia foi feita no dia 11 de Agosto de 2010. Por ter passado por vários julgamentos, a juíza Mirza Cunha amparou Milton de acusação de homicídio que chegou a publicar a absolvição do Réu no dia 11 de fevereiro 2014.

Após 10 dias da absolvição de Milton o promotor do MPJ, Fábio Monteiro apresentou um documento contra a decisão da magistrada.

Os desembargadores da 1 Câmara Criminal do TJAM reformaram a sentença em agosto de 2015 que amparava o acusado e o pronunciaram e determinando que ele fosse levado a júri popular.

Os Advogados de Milton recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF ), em 12 de setembro de 2017 o documento que foi repudiado por unanimidade e negaram e pediram que o Réu fosse a júri popular.

Este recurso foi negado no STJ e a defesa de Milton recorreram ao STF com o novo pedido que também foi rejeitado em 15 de junho de 2018 também por unanimidade, pela segunda turma do STF e este processo voltou a primeira estancia.

O júri pautou no dia 05 de novembro de 2019, devido a ausência de testemunhas da vítima , o magistrado foi obrigado adiar a sessão que foi remarcada dar início no último dia 05.