Caso Rhuan: Mãe e parceira são condenadas a penas que somam 129 anos pela morte e esquartejamento do menino

Do UOL

O Tribunal do Juri de Samambaia, no Distrito Federal, condenou Rosana Auri da Silva Candido, mãe do menino de 9 anos Rhuan Maycon da Silva Castro, e Kacyla Priscyla Santiago, companheira da mulher, a 129 anos de prisão no total pela morte e esquartejamento do menino, em maio do ano passado.

O julgamento foi realizado na quarta-feira (25), onde a dupla cumprirá pena pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação, destruição de cadáver e fraude processual. Ainda cabe recurso da decisão.

O processo correu, desde o início, em segredo de Justiça, assim como o julgamento, que foi de portas fechadas. Na sentença, que expõe detalhes do crime hediondo, o magistrado destaca a “frieza emocional, comportamento calculista e insensibilidade exacerbada” das rés, em especial da mãe da criança, e do crime “friamente premeditado”.

Segundo o site do Ministério Público do Distrito Federal, a mãe da criança esquartejada foi condenada a 65 anos de reclusão, com adição de 8 meses e 10 dias de detenção. Já a companheira da mulher terá que cumprir a pena de 64 anos de reclusão, com 8 meses e 10 dias de detenção. Juntas, as penas somam mais de 129 anos de prisão.

Segundo o documento, a ré [Rosana] não demonstrou arrependimento, remorso ou empatia com a vítima, “o que evidencia um desvio de personalidade que deve ser valorado negativamente… O nível de perversidade da ré Rosana é tamanho que, ainda no local do homicídio, ao ser perguntada pelo delegado ‘Vocês comeram a carne da criança?’, respondeu a ele: ‘Não, mas o cheiro estava bom’”.

O crime teve ampla divulgação na mídia brasileira, porque depois de esfaquearem o menino no peito e outras áreas do corpo, ambas o degolaram ainda vivo. Depois elas esquartejaram, perfuraram os olhos e dissecaram a pele do rosto da criança.

Um ano antes da morte da criança, a dupla ainda retirou os testículos e o pênis do menino, em casa, sem anestesia ou acompanhamento médico. Por isso, ambas também foram acusadas por lesão corporal gravíssima e tortura.

De acordo com o Ministério Público, Kacyla permaneceu em silêncio durante o julgamento na tarde de quarta, além de assumir a autoria do crime, negando participação da companheira. No entanto, ela e Rosana já tinham confessado o assassinato e tentativa de se livrar do corpo do menino. Ambas cumpriam prisão preventiva na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia.