Uma fisioterapeuta de 39 anos deverá ser indenizada em R$ 10 mil por uma clínica de estética de Belo Horizonte e por um professor universitário pela divulgação, sem autorização, das imagens de um procedimento estético nos seios.
A vítima conta que há 13 anos atuou como estagiária e depois como profissional contratada nessa clínica de estética. As fotos em questão, foram feitas para testar um equipamento para amenizar a flacidez nas mamas.
“A gente testa os tratamentos entre nós quando tem um equipamento novo. Normalmente, esse tipo de foto seria só para nós internamente”, explicou.
Em 2012, quando assistia a uma aula de pós-graduação, ela se surpreendeu ao se reconhecer em uma foto que era usada pelo professor. “Por mais que era sem o meu rosto, me reconheci”, disse.
Ainda segundo a vítima, além de usar a fotografia na aula, o professor também havia publicado a imagem em um livro de sua autoria.
“Me senti totalmente frustrada e trapaceada porque a gente faz isso na condição de profissional. Me senti invadida. Talvez acreditaram que eu nunca fosse ver essa foto e esse livro”, afirmou.
Segundo a fisioterapeuta, a divulgação da imagem chegou a lhe causar transtornos no casamento. “Deu problema com o meu esposo, ele ficou uma fera, sem entender por que eu tinha tirado a foto, mas depois ele entendeu”, contou.
Versão das defesas
A mulher acionou a Justiça, mas, em primeira instância, o pedido de indenização foi negado.
Durante o processo, a defesa do professor afirmou que a imagem somente poderia ser reconhecida pela mulher, alegando que “não há exposição do seu rosto, bem como referências a nomes ou algum outro elemento de identificação”.
Já a defesa da clínica argumentou, no curso da ação, que a relação mantida entre a ex-funcionária e as sócias da empresa sempre foi pautada pela cordialidade.
Com informações G1
