Jornalista agredida por motorista de Uber teria jogado cerveja no rosto do condutor

Após a repórter cinematográfica Andreza Jorge, de 41 anos, denunciar por agressão o motorista de aplicativo da empresa Uber, Richardeson Junior, novas versões feitas por supostas testemunhas surgiram em torno do caso, que ocorreu na noite de terça-feira (24), em Manaus.

Segundo a jornalista, ela foi agredida com dois socos no nariz pelo motorista na noite de véspera de Natal. Em depoimento, ela contou que solicitou a viagem por volta das 20h e estranhou quando o condutor disse que havia entrado numa portaria inexistente no Condomínio Jardim Versalles, no bairro Planalto, Zona Centro-Oeste da capital, onde a irmã da suposta vítima mora.

“Pedi para o porteiro anotar a placa. Entrei no carro e o motorista perguntou se eu não confiava nele. Expliquei que era pra minha própria segurança, como a empresa orienta”, disse Andreza.

A discussão teria começado enquanto os dois percorriam a avenida Desembargador João Machado. Ao chegarem a um posto de gasolina localizado na mesma avenida, o motorista teria parado o veículo e pedido para a passageira descer.

“Quando percebi, ele já estava na minha frente”, contou ao afirmar que neste momento levou dois socos no rosto do motorista. Após a agressão, o motorista entrou no carro e partiu.

Contrariando a denúncia feita por Andreza, segundo o porteiro do Condomínio Jardim Versalles, que não quis ter o nome revelado, a repórter estava alcoolizada no dia do ocorrido e não quis pagar a corrida feita pelo motorista. Ele afirmou ainda que Andreza teria jogado cerveja no carro e no rosto do condutor. A partir daí teria iniciado as agressões feitas por Richardeson.

A jornalista Andreza Jorge registrou Boletim de Ocorrência no 10º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e está sendo acompanhada por um advogado. Ela postou o relato em uma rede social com a foto e o nome do motorista acusado de agressão.

Em nota, a empresa Uber afirma que identificou contradições nos relatos do acusado e da passageira, e as contas de ambas foram suspensas até que a investigação esclareça o que ocorreu de fato. “A Uber lamenta o caso e considera inaceitável o uso de violência. Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas e discussões e que contatem imediatamente as autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados”, recomendou a empresa.