Scanner revela telefone celular dentro de estômago de preso

Do UOL

Um interno da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, localizado no complexo penitenciário de Alcaçuz, em Nísia Floresta (RN), região metropolitana de Natal, engoliu um telefone celular e o aparelho ficou retido no estômago dele.

O equipamento foi detectado por escaneamento no presídio e retirado por meio de procedimento no hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal.

O nome do preso e o motivo que ele está recluso não foram informados pela Seap (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária). A secretaria também não informou que penalidades o preso recebeu após ser flagrado com o aparelho.

O telefone, que é um dos itens proibidos nas unidades prisionais, foi encontrado dentro do corpo do preso após ele passar pelo body scan (equipamento que detecta objetos estranhos no corpo de uma pessoa na entrada dos presídios sem necessitar de contato físico ou retirada de roupas).

A descoberta ocorreu na última sexta-feira (27), quando o preso deu entrada na unidade prisional. Agentes penitenciários desconfiaram de atitudes dele, passaram o scanner no corpo do homem e localizaram o aparelho no sistema digestivo do preso.

“Nós temos nas principais unidades o body scan, que é um equipamento de raio-x que faz a leitura corporal. Se o interno ou a visita tem a suspeita de ter algo no corpo, isso é facilmente identificado no aparelho”, destaca o secretário Pedro Florêncio Filho.

O homem precisou passar por uma endoscopia e lavagem no sistema digestivo para o telefone móvel ser retirado. O procedimento foi realizado no hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal.

O preso já recebeu alta e foi transferido para o presídio. Alcaçuz que é o maior complexo penitenciário do Rio Grande do Norte. A penitenciária Rogério Coutinho Madruga é chamado, popularmente, de pavilhão 5, é anexo à Penitenciária Estadual de Alcaçuz, onde fica o complexo prisional.

Foi no complexo de Alcaçuz que ocorreu a maior chacina do Estado com 27 presos assassinados. A rebelião foi causada por briga entre integrantes de facções criminosas, entre os dias 14 e 15 de janeiro de 2017.

Em novembro passado, a Polícia Civil concluiu o inquérito da chacina e indiciou 74 presos pelos crimes de homicídio consumado, associação criminosa, motim e dano ao patrimônio. Outros 132 também oram indiciados pelo crime de falso testemunho.