Acusado de facilitar a exportação ilegal de madeira, PF faz busca em endereços de Ricardo Salles

Na manhã desta quarta-feira (19) a Polícia Federal cumpriu busca e apreensão nos endereços do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles e no Ministério do Meio Ambiente. As denúncias são de crime contra administração pública, advocacia administrativa, corrupção e facilitação de contrabando praticados por agentes públicos e madeireiros. A operação foi batizada como Akuanduba.

Cerca de 160 policiais federais cumprem 35 mandatos de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Pará. As ações foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que também determinou o afastamento de 10 agentes públicos que ocupavam cargos de confiança no Ibama e Ministério do Meio Ambiente.

As investigações iniciaram em janeiro deste ano a partir de denúncias obtidas por autoridades estrangeiras que apontam para um possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira.

Akuanduba, que dá nome à operação, é uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam a margem esquerda do rio Iriri, no estado do Pará. Akuanduba tocava sua flauta para trazer ordem ao mundo, mas um dia, por causa da desobediência dos seres humanos, eles foram lançados na água e os poucos sobreviventes tiveram que aprender do zero como dar continuidade à vida.