Aglomeração sem máscaras e risco de contágio marcam manifestação política em Manaus

Seguindo a linha do que está acontecendo no resto do país nesse fim de semana, extremistas lideraram a carreata e o movimento contra o isolamento social em Manaus, desrespeitando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao se manifestarem sem máscaras e mantendo contato físico, o que demonstra falta de cuidado pela vida do outro.

Em vídeos e fotos gravadas pelos próprios manifestantes, é possível ver o tenente-coronel aposentado da PM do Amazonas, Ubirajara Rosses, liderando a atitude que desrespeita a ordem do Governo do Amazonas e da Prefeitura de Manaus, de distanciamento social e do uso de máscaras.

Rosses abraça vários manifestantes sem máscaras e sem luvas que se aglomeraram em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), na Ponta Negra, na zona oeste da capital. Claramente o ato tem viés político e não de caráter econômico ou mesmo social, como tem propagado o policial militar aposentado em suas redes sociais.

Volta da ditadura – Coronel Rosses incitou o grupo de manifestantes a parar em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), na Ponta Negra, também na zona oeste, para cantarem o Hino Nacional. Coronel Rosses, como é conhecido nas redes sociais, tem difundido que as Forças Armadas deem um golpe militar no país. Inclusive, nos carros que acompanhavam a carreata, muitos estavam com a inscrição de “novo AI-5”.

Ato Institucional número Cinco foi um decreto emitido pela ditadura militar após o golpe de estado de 1964 no Brasil. Após entrar em vigor muitos governadores contrários as ideias do presidente Costa e Silva foram destituídos e se instalou no país o maior período de torturas e execuções de cidadãos apenas por terem opiniões divergentes as do Governo Federal.

E, pelo visto, é isso que o Coronel Rosses e o grupo de manifestantes liderados por ele, e que foram as ruas neste domingo em Manaus e nas demais capitais do país, querem para o Brasil em pleno século 21.

Investigação – A manifestação desse domingo está sendo investigada pela Polícia Civil do Amazonas devido a interceptação de mensagens de texto e áudios onde os organizadores planejam se armar e tocar fogo em veículos de cidadãos comuns da cidade.

O grupo, que se organizou por meio do aplicativo WhatsApp, inclusive pretendia criar atos de vandalismo ao estilo “black bloc”, apenas com o intuito de causar pânico a população de Manaus.

Entenda o caso