
Antes de decidir sobre a autorização para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajar aos Estados Unidos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Bolsonaro apresente o convite oficial recebido para a posse de Donald Trump.
Moraes apontou inconsistências no documento apresentado, que consistia em um e-mail enviado ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de um endereço não identificado, sem detalhes como horário ou programação do evento.
Os advogados de Bolsonaro, liderados por Paulo Amador da Cunha Bueno e Celso Vilardi, foram instruídos a apresentar o “documento oficial, que efetivamente comprove” o convite. Além disso, Moraes solicitou um parecer da Procuradoria-Geral da República, que deve se manifestar após o envio da documentação complementar.
O ministro destacou a “necessidade de complementação probatória, pois o pedido não foi instruído com os documentos necessários”. Bolsonaro havia anexado ao pedido de autorização para a viagem uma cópia de um e-mail enviado pelo endereço info@t47inaugural.com ao deputado Eduardo Bolsonaro.
Conteúdo do e-mail apresentado:
Caro Sr. Bolsonaro,
Esperamos que este e-mail o encontre bem.
Em nome do presidente eleito Trump, gostaríamos de convidar o presidente Bolsonaro e um convidado para a cerimônia de posse do presidente eleito Trump e do vice-presidente eleito Vance, na segunda-feira, 20 de janeiro, em Washington, DC. Além disso, gostaríamos de estender um convite ao presidente Bolsonaro e um convidado para comparecer ao Starlight Inaugural Ball na noite de 20 de janeiro.
Para sua conveniência, poderia nos informar se o presidente Bolsonaro poderá participar? Se sim, forneceremos informações adicionais.
Obrigado,
Comitê de Posse de Trump Vance
A decisão sobre a viagem de Bolsonaro ficará condicionada à apresentação de documentos oficiais que comprovem a autenticidade do convite.