Ao lado de Wilson Lima, Fernando Haddad defende regime diferenciado para Zona Franca de Manaus

O Governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (5) e pediu tratamento diferencial ao estado na reforma tributária.

Também estiveram presentes no encontro senadores e deputados amazonenses. Wilson Lima defendeu o impacto positivo da reforma para o país, mas destacou a importância das demandas estabelecidas para que o estado apoie o texto.

O estado pede que os diferenciais competitivos que a atual legislação atribuem ao estado e à Zona Franca de Manaus (ZFM) sejam mantidos pela reforma tributária.

Uma alternativa proposta é que o Imposto Seletivo (IS), criado pela reforma, tribute bens fabricados em outras regiões do país que também sejam produzidos na Zona Franca de Manaus, garantindo assim incentivo às operações da ZFM.

O Governado do Amazonas e os parlamentares do estado ainda pediram um “fundo de compensação” para o estado. Parte do mecanismo seria utilizado para compensar possíveis perdas de receita do estado com a reforma; outra parcela para fomentar novas matrizes para o estado, visando agregar outras atividades àquelas desenvolvidas pela ZFM.

Após a reunião, Wilson Lima e Fernando Haddad falaram com a imprensa. O governador elogiou a disposição do ministro em articular a reforma e promover o diálogo, buscando equilíbrio para o texto.

Wilson Lima defendeu a Zona Franca de Manaus (ZFM) e os incentivos ao estado para manutenção da competitividade. Além disso, afirmou que “se o modelo de Zona Franca começar a enfraquecer, isso significará início da queimada da Floresta Amazônica”.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad reconheceu a necessidade de manter os incentivos à Zona Franca de Manaus (ZFM). A manutenção dos benefícios está prevista no substitutivo do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), apresentado no final de junho.

“É conhecido o respeito e admiração do Presidente Lula por este projeto, que garante a sustentabilidade da região e hoje é motivo de preocupação internacional. Sabemos da importância deste processo de desenvolvimento e queremos sua manutenção, pelo menos até 2073, que é o prazo em que vigora pela atual constituição”, disse o ministro.

**Com informações CNN Brasil