Bolsonaro retoma discurso armamentista e diz que ‘tem que todo mundo comprar fuzil’

Na manhã desta sexta-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retomou um discurso armamentista, em meio a uma crise com o Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por meio de uma declaração, o chefe do executivo recomendou que ‘todo mundo’ tem que comprar um fuzil. O assunto surgiu em conversa com apoiadores, onde Jair foi indagado se iria ‘parar de brigar dentro das quatro linhas’ da Constituição e ‘partir para o ringue’.

“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz “ah, tem que comprar feijão”. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar.”, falou o presidente.

Bolsonaro comentou que não deseja intervir nos outros Poderes, mas reitera que é “difícil governar desta maneira”.

“ Tem ferramentas lá dentro (da Constituição) para ganhar a guerra. Tem gente que está do lado de fora. Difícil governar um país desta maneira. O único dos Poderes que é vigiado o tempo todo e cobrado sou eu. O que acontece para o lado de lá não tem problema nenhum. Eu não quero interferir para o lado de lá, nem vou. Agora, tem que deixar a gente trabalhar para o lado de cá.”, pontuou o mandatário.

Bolsonaro ainda classificou como câncer, o veredito do corregedor-geral do TSE, Luis Felipe Salomão, que tira a monetização de perfis que compartilham ‘fake news’ sobre o período eleitoral.

“Não sou machão, não sou o único certo. Agora, do outro lado não pode um ou dois caras estragarem a democracia do Brasil. Começar a prender na base do canetaço, bloquear redes sociais. E agora o câncer já foi lá para TSE, lá tem um cara também que manda desmonetizar as coisas. Tem que botar um ponto final nisso. E isso é dentro das quatro linhas (da Constituição).”, comentou o chefe do Executivo, no Palácio da Alvorada.