Coronel Menezes tenta se ‘escorar’ em Bolsonaro mas não agrada eleitores

 Manaus – Se aproximando do 1º turno das eleições, o candidato a prefeito de Manaus Coronel Menezes (Patriotas), tem usado da sua ‘aproximação’ com o presidente Bolsonaro, para tentar agradar o eleitorado manauara, mas a estratégia do político não está funcionando.

Além de poucas ou nenhuma proposta, Menezes está cercado de polêmicas enquanto esteve à frente da Suframa e para completar o círculo, ele ainda escolheu um vice que o nome do filme ‘meu passado me condena’ combina bastante com o candidato Costa e Silva.

Compadre de Bolsonaro

O presidente, é compadre de Menezes e Menezes acredita em um apoio incondicional do Bolsonaro, querendo mostrar inclusive aproximação dos filhos do presidente durante passagem por Manaus. Mas se Bolsonaro fosse realmente tudo isso que Menezes diz, o presidente não teria sequer o candidato do cargo da Suframa.

Outro ponto a ser lembrado, no início da campanha eleitoral, o presidente se posicionou e disse que nessa eleição não apoiaria diretamente nenhum candidato para não ‘gerar’ conflito entre os candidatos. Se o coronel tivesse essa bola toda com o presidente, com certeza receberia apoio de Bolsonaro, mas ele vai tentando na sorte.

Sem credibilidade, Menezes é desmentido pelo Tribunal de Contas da União

Na época, o deputado federal Marcelo Ramos denunciou o superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes, por manobrar para contratar a empresa de um amigo. O parlamentar afirma que o edital foi aberto para atender diretamente as necessidades de uma ata específica, a da Brilhante.

“É a Brilhante tem como sócio um amigo pessoal do superintendente. O coronel foi superior hierárquico desse sócio quando os dois estiveram no Exército”, armou o deputado.

Segundo o deputado, o acordo fechado com a Brilhante deveria servir apenas para “manutenção predial”, mas ele postou em seu perl do Twiter uma nota no valor de 337.618,62 em que o serviço prestado é a “construção de cobertura para os estacionamentos da Suframa”.

Para se defender, Menezes emitiu uma nota dizendo ter atendido a uma recomendação feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), desde 2015, para “substituir o contrato vigente que estipulava um valor mensal a ser pago independente da existência do serviço, gerando uma despesa sem sentido para a autarquia federal”.

Não satisfeito com a vergonha que já estava passando, o próprio TCU desmentiu o coronel Menezes dizendo que não consta em seu registro qualquer processo, de recomendação ou determinação dirigida à Suframa em relação ao contrato firmado entre a entidade e a Construtora Brilhante.

Escolha do vice não bem sucedida

Em 12 de setembro 2017, o delegado Costa e Silva junto com outros delegados, foram investigados por agredirem e intimidarem um casal que estava na casa de festa Moai.

De acordo com o relato da vítima, ela estava comemorando o aniversário na casa noturna, quando um dos delegados passou a mão nas partes íntimas dela, sem seu consentimento.  O caso só veio à tona quando a vítima denunciou pelas redes sociais o ocorrido, pois até então a cúpula da Polícia Civil tinha se calado diante do caso.

Além disso, o Delegado Costa e Silva, vice na chapa de Menezes esbanja uma vida de ostentação ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), ele declarou o valor de R$510 mil em bens (mais de meio milhão recebendo apenas como delegado).

Levando uma vida luxuosa, Costa e Silva ainda possui uma Mercedes, uma lancha e um apartamento em um das zonas mais nobre de Manaus, no bairro Ponta Negra, Zona Oeste da cidade.

Parece que se envolver em polêmicas é uma coisa de família. O pai do vice do coronel Whashington Costa e Silva em 2006, estava na lista divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF), dos indiciados no caso das sanguessugas.

Os sanguessugas, também conhecido como máfia das ambulâncias, foi um escândalo de corrupção que estourou em 2006 devido à descoberta de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro público destinado à compra de ambulâncias.