
Na última quinta-feira (12), o deputado federal Adail Pinheiro Filho (Republicanos) votou a favor do projeto de lei que institui a castração química como punição para pedófilos condenados por crimes sexuais contra menores. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados e segue agora para análise no Senado.
O voto do parlamentar amazonense gerou repercussão, não apenas pelo impacto da medida no combate aos crimes sexuais, mas também devido ao histórico de sua família. Seu pai, Adail Pinheiro, ex-prefeito de Coari e também filiado ao Republicanos, foi condenado em 2014 por envolvimento em um esquema de exploração sexual de menores, um dos maiores escândalos do Amazonas.
Castração química
O projeto aprovado estabelece que a castração química seja aplicada como uma pena acessória, de caráter voluntário, combinada com a prisão. A medida inclui o uso de medicamentos para reduzir a libido e o acompanhamento médico e psicológico dos condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
Repercussão e controvérsias
A decisão de Adail Filho chamou atenção por conta do histórico de seu pai, envolvido em um caso que causou comoção nacional. O escândalo expôs uma rede de exploração sexual que operava no município de Coari, destacando um capítulo sombrio na política amazonense.
A proposta também suscitou críticas de especialistas e organizações de direitos humanos, que questionam sua efetividade e legalidade. A matéria agora será submetida ao Senado, onde enfrentará debates mais aprofundados sobre suas implicações éticas, práticas e legais.