
O governo dos Estados Unidos revogou nesta segunda-feira (22) o visto de Benedito Gonçalves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo a Reuters. O magistrado ficou conhecido ao declarar a Alexandre de Moraes que “missão dada é missão cumprida” durante a diplomação de Lula (PT), em 12 de dezembro de 2022.
Relator das ações que tornaram Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, Gonçalves assinou decisões que apontaram abuso de poder político e econômico e levaram à condenação do ex-presidente em dois processos.
De acordo com a agência, a medida faz parte de um pacote de sanções contra aliados de Moraes. Também tiveram vistos cancelados o ex-procurador-geral José Levi, o juiz auxiliar do STF Airton Vieira, o ex-assessor do TSE Marco Antonio Martin Vargas e o assessor Rafael Henrique Janela Tamai Rocha.
O governo Trump justificou as punições como resposta ao que classificou de “caça às bruxas” contra Bolsonaro e às iniciativas de Moraes em defesa da regulação das big techs.
Ainda nesta segunda, os EUA aplicaram a Lei Magnitsky contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF. Com a medida, os bens dela e de empresas ligadas ao casal em território americano foram bloqueados, e qualquer transação com cidadãos ou companhias dos EUA está proibida.