Futuro de Manaus: Cientista político indica características que devem ser observadas em um candidato

Manaus – Em duas pesquisas de intenções de votos, divulgadas na última quinta-feira(9), cerca de 60% dos eleitores afirmaram não saber em quem votar ou estão indecisos. Para auxiliar nesta decisão tão importante e que vai decidir o futuro de Manaus, nos próximos quatro anos, o cientista político Jack Serafim indicou características que devem ser observadas em um(a) candidato(a).

Em entrevista com a digital influencer, Thai Abreu, Serafim declarou que além da legislação mais rigorosa durante o período eleitoral, a postura de muitos políticos acabou contribuindo para a rejeição da própria política. E a consequência disso é a eleição de gestores que não estão preparados para assumir as responsabilidades de administrar a máquina pública.

A primeira característica que um eleitor deve observar em um candidato é a sua honestidade. Segundo Jack, o ser humano não foi feito para mentir e por isso, o cidadão deve se guiar pelo seu “sexto sentido” e avaliar se o discurso apresentado é verdadeiro, caso contrário é melhor descartar.

Já a segunda característica é a história de vida do candidato e principalmente se o(a) candidato(a) é ficha limpa. Se houver alguma denúncia de corrupção ou envolvimento em escândalos, o eleitor deve reconsiderar a opção.

O terceiro se refere a recente onda que tomou o país: Heróis nacionais. O(a) candidato(a) que se apresenta como “salvador(a) da pátria” que irá “solucionar todos os problemas” claramente não tem conhecimento da máquina pública e logo terá dificuldades para exercer seu cargo político.

“Essa figura não existe, a administração pública é complexa. Quando alguém assume o governo ou prefeitura já assume com dívidas dos anteriores, que não necessariamente significa que foram feitas para uma coisa ruim. Foram obras importantes e estruturantes. Então já assume com a responsabilidade, independente do governador que esteja, você já vai ter que pagar. O cara que se apresenta com ‘vou resolver tudo’, não tem ideia de onde está se metendo”, explicou.

Por último, se o candidato é um empresário que ganha muito mais do que o salário de um cargo público, mas ainda assim pretende disputar a eleição.

“Um empresário ganha 50 mil por mês e quer ser vereador para ganhar 11 mil líquido? Esse cara não vai ser o salvador da pátria, ele vai pra lá [Câmara Municipal] para fazer negócio. Eu sinto falta de pessoas de movimento de base, que debatem, que discutem política nas comunidades. Tem muito mais empresário, herdeiro de político na câmara, você não vê nada que vem do povo mesmo”, pontuou.

Sobre o futuro na político, Serafim afirma que todos temos uma responsabilidade gigantesca de ajudar a construir uma sociedade diferente pensando nas futuras gerações e o exercício do voto é o instrumento de mudança no cenário atual.