Governo brasileiro reage e defende esposa de Moraes após aplicação da Lei Magnitsky

O governo brasileiro criticou duramente os Estados Unidos e afirmou ter recebido “com profunda indignação” o anúncio de sanções contra a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo classificou a medida, aplicada por meio da Lei Global Magnitsky, como uma “nova tentativa de ingerência indevida em assuntos internos brasileiros” e afirmou que os norte-americanos tentaram justificar a punição “com inverdades”.

“O governo brasileiro recebe, com profunda indignação, o anúncio, pelo governo norte-americano, da imposição da Lei Magnitsky à esposa do ministro Alexandre de Moraes e a instituto ligado a ele. Em nova tentativa de ingerência indevida em assuntos internos brasileiros, o governo norte-americano tentou justificar com inverdades a adoção da medida”, afirmou o Itamaraty.

O comunicado acrescenta que o uso da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, representa uma ofensa aos 201 anos de amizade entre os países, além de evidenciar a politização e desvirtuamento da lei.

“Esse novo ataque à soberania brasileira não logrará seu objetivo de beneficiar aqueles que lideraram a tentativa frustrada de golpe de Estado, alguns já condenados pelo STF. O Brasil não se curvará a mais essa agressão”, concluiu o governo.

A administração de Trump anunciou nesta segunda-feira (22) que Viviane Barci de Moraes e o Instituto Lex, ligado à família de Moraes, também seriam sancionados pela Lei Magnitsky. Além deles, outras autoridades, como o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, tiveram vistos cancelados.