Omar Aziz afirma que CPI não deve parar e cobra um posicionamento de Bolsonaro

Durante a sessão da CPI desta quinta-feira (8), o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), fez alguns pronunciamentos direcionados ao presidente da república, Jair Bolsonaro (Sem partido).

Segundo Omar, os trabalhos da comissão e as investigações sobre corrupções não devem para. Além disso, o senador também cobrou um posicionamento de Bolsonaro, pedindo que que ele responda se são falsas as acusações de corrupção em contratos de vacinas contra a covid-19.

Aziz também falou que a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito enviará hoje carta ao presidente cobrando resposta sobre a denúncia dos irmãos Miranda. A carta foi assinada por ele, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).

“O senhor [Bolsonaro] não responde. Passa 50 minutos querendo desqualificar a CPI”, declarou Aziz. “Por favor, presidente, diga para a gente que o deputado Luis Miranda é um mentiroso. Diga. Diga à nação brasileira que o deputado Luis Miranda está mentindo, que seu líder na Câmara é um homem honesto. Vossa Excelência está perdendo uma oportunidade”.

“Não é o senhor que vai parar esta CPI. A CPI vai se aprofundar. Não tenho nem uma linha para falar sobre Vossa Excelência em relação a roubo, à genocida. Eu o acuso de ser contra a ciência – isso aí está claro. Eu o acuso de não querer fazer propaganda para a vacinação do povo brasileiro. Eu o acuso de tentar desqualificar as vacinas que estão salvando vidas. Disso eu o acuso, porque isso é verdade, isso é científico. Não o acuso de ser ladrão, não o acuso de fazer parte de rachadinha”, continuou.

Mais cedo, Bolsonaro criticou Aziz e o acusou de desviar R$ 260 milhões do Amazonas. A afirmação baseia-se na investigação do Ministério Público na operação “Maus Caminhos”, deflagrada em 2016 para apurar desvios na área da saúde no estado. O parlamentar é um dos suspeitos de participar do esquema, mas nunca foi condenado.

O presidente da República fez a declaração enquanto se defendia novamente das acusações de superfaturamento na compra de doses da vacina indiana Covaxin.